MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Governo se esforça para liberar entrada de calçados na Argentina

 

Exigências feitas pela Argentina pedem 'negociação constante', diz MDIC.
Licenças de importação para o Brasil saem mais rápido, informa governo.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou nesta quinta-feira (29) que está fazendo esforços junto ao Ministério da Indústria argentino para que a liberação das licenças de importação de milhões de pares calçados brasileiros, que aguardam o documento para ingressar no país vizinho, "ocorra nos prazos mais curtos possíveis". Acrescentou que o governo "seguirá empenhado em resolver todos os casos".
"A Argentina, um dos principais destinos de produtos manufaturados brasileiros, tem feito exigências a todos os seus parceiros comerciais. As licenças de importação para produtos brasileiros, inclusive, têm sido concedidas em menor tempo do que para outros países. Esse contexto impõe ao Brasil o desafio da negociação constante, uma vez que as dificuldades são cíclicas", informou o Ministério do Desenvolvimento, por meio de nota à imprensa. O governo informou ainda que está em "contato permanente" com o setor privado e que é "sensível às dificuldades enfrentadas pelos exportadores brasileiros".
A Argentina, segundo dados oficiais, é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, com uma corrente de comércio acumulada de janeiro a agosto de 2011 de US$ 25,6 bilhões e um superávit de US$ 3,7 bilhões em favor do Brasil. Na comparação com o mesmo período de 2010, a corrente de comércio é 25,6% maior e o superávit brasileiro praticamente dobrou, com crescimento de 95,1%. "Problemas pontuais são naturais entre países com corrente de comércio dessa magnitude", avaliou o MDIC.
Levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) indica que o prazo máximo de 60 dias, previsto para a liberação das licenças de importação, admitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), não está sendo respeitado. Há casos em que a espera, pelas empresas brasileiras, passa de 200 dias, segundo a Associação, que calcula que pelo menos 3,3 milhões de pares de calçados, no valor de US$ 33,8 milhões, estão retidos no Brasil à espera do documento.
Por acordo negociado em 2009, o Brasil limitou a exportação de calçados para a Argentina a 15 milhões de pares por ano. Mas, em 2010, este limite não foi atingido, uma vez que foram vendidos 14,1 milhões de pares. De janeiro a agosto deste ano o volume embarcado para aquele país não passou de 6,68 milhões de pares, ainda de acordo com dados da Abicalçados.

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