MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 15 de novembro de 2011

AVIS RARA

DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo
Nesses tempos em que os fatos sustentam a desconfiança da população em relação ao poder público, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, é uma das exceções que confirmam a regra.

Sem vedetismo nem concessão ao voluntarismo triunfalista, privilegiando sempre a ação do coletivo, Beltrame conduz o processo de liberação dos territórios dominados pelo tráfico nos morros do Rio como um profissional na acepção da palavra e exala confiabilidade.
Pelo apoio que recebe da população local, a admiração que conquista no País e o capital político transferido ao governador Sérgio Cabral Filho, até poderia posar de herói, mas não é esse seu foco.
Para começar, não cede a mistificações. Avisa logo que o objetivo da ação executada no Rio desde 2008 com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) não é acabar com o narcotráfico. É devolver à população e ao Estado os territórios que durante 40 anos foram gradativamente capturados pelo poder paralelo da bandidagem.
"Não tenho pretensão de acabar com o tráfico. Enquanto houver consumidores haverá drogas. Meu objetivo é tirar a arma pesada das mãos dos bandidos que escravizam comunidades, porque não é admissível que um sujeito de arma na mão determine aonde vai ou deixa de ir uma pessoa", disse em entrevista ao Estado em maio de 2010.
Há quem ache pouco e cobre mais. Evidente, é preciso muito mais diante do que governantes e (por que não dizer?) governados deixaram acontecer na cidade síntese do Brasil à vista de todos.

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