MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 12 de novembro de 2011

Câmara italiana vota pacote que pode encerrar era Berlusconi

 

Medidas de austeridade foram aprovadas na sexta-feira pelo Senado; Mario Monti deve ser o sucessor de atual primeiro-ministro.

Da BBC
A Câmara dos Deputados da Itália vota neste sábado (12) o pacote de reformas econômicas aprovado na sexta-feira (11) pelo Senado, que abre caminho para a renúncia do atual primeiro-ministro, Silvio Berlusconi.
Espera-se que a chamada Lei de Estabilidade seja aprovada pelos deputados italianos da mesma forma que passou com facilidade no Senado, o que poderia levar Berlusconi a renunciar ainda no sábado ou, no máximo, no domingo (13).
O início do debate está marcado para as 9h30 da manhã no horário de Brasília.
O pacote de austeridade proposto pelo governo de Berlusconi é parte dos esforços para tirar a Itália da crescente crise envolvendo sua dívida, que também atinge cada vez mais os países da zona do euro.
Berlusconi, que perdeu a maioria no Parlamento nesta semana, afirmou que deixaria o cargo de primeiro-ministro assim que as reformas fossem aprovadas. A matéria foi aprovada no Senado com 156 votos a favor e 12 contra.
Cartazes na Itália afirmam que a renúncia de Berlusconi é 'pelo bem da Itália' (Foto: Reuters)Cartazes na Itália afirmam que a renúncia de
Berlusconi é 'pelo bem da Itália' (Foto: Reuters)
Pacote de austeridade
As medidas preveem uma economia de 59,8 bilhões de euros em cortes de gastos e aumentos de impostos, com o objetivo de equilibrar o orçamento do país até 2014.
Entre as medidas, estão o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), de 20% para 21%; o congelamento dos salários de servidores até 2014; a alta da idade mínima de aposentadoria para as trabalhadoras do setor privado, de 60 anos em 2014 para 65 em 2026; aperto nas medidas contra a evasão fiscal; e um imposto especial para o setor de energia.
A aprovação das medidas injetou otimismo nos mercados no fim do pregão da semana. Em Nova York, os índices Dow Jones, Standard & Poor's e Nasdaq subiram todos em torno de 2% após a notícia.
Neste sábado, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, elogiou a aprovação da lei no Senado e os prospectos de que passe também na Câmara.
Lagarde, que está em visita ao Japão, afirmou que a indicação de um novo primeiro-ministro para a Itália é 'um sinal de clareza e credibilidade da situação política, que são elementos fundamentais necessários para a estabilidade da situação geral' (no país).
Mário Monti, ex-comissário da UE, deve suceder Berlusconi (Foto: Reuters)Mário Monti, ex-comissário da UE, deve suceder
Berlusconi (Foto: Reuters)
Sucessor de Berlusconi
A expectativa é que Berlusconi seja substituído pelo ex-comissário da União Europeia (UE) Mario Monti. O novo governo poderia ser empossado já na segunda-feira.
O correspondente da BBC em Roma, Alan Johnston, disse que Monti, um respeitado economista, é o tipo de pessoa que os mercados financeiros gostariam de ver no poder em um momento de crise.
Para que Monti possa se tornar primeiro-ministro, o presidente italiano, Giorgio Napolitano, deu a ele o posto de senador vitalício.
Ele foi recebido pelos parlamentares no início da sessão do Senado, mas saiu rapidamente para uma reunião com Napolitano.
No entanto, analistas afirmam que, mesmo com a aprovação do pacote de reformas e a posse de um primeiro-ministro tecnocrata, a Itália ainda terá dificuldade para equilibrar sua economia.
A dívida pública italiana já atinge 120% do PIB (Produto Interno Bruto). Na quinta-feira, o governo italiano conseguiu levantar 5 bilhões de euros em novos títulos da dívida, a juros de 6,087% para títulos de um ano.
Na quarta-feira, os juros para títulos da dívida de dez anos chegaram a 7%, mesmo patamar registrado por Grécia, Irlanda e Portugal quando foram obrigados a buscar ajuda financeira do FMI e da UE.
Uma equipe de especialistas da UE já está trabalhando em Roma, monitorando os planos do governo para reduzir sua dívida.
Nos últimos 15 anos, a economia italiana cresceu a uma taxa média anual de 0,75%.

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