Cardiologistas do ES alertam para o risco das palpitações no coração

 

No Brasil, 250 mil mortes por ano são causadas por arritmia, diz médica.
A frequência normal é de 60 a 100 batimentos por minutos .

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta

A aceleração anormal do coração, as palpitações, pode ser o primeiro sinal de doenças cardíacas graves, como a arritmia, segundo a médica cardiologista Marcelina Ornellas. A arritmia é uma doença que provoca 250 mil mortes, por ano, no Brasil. No sábado (12), foi lançada uma campanha nacional dos médicos cardiologistas na tentativa de chamar a atenção da população para a necessidade de se prevenir a arritmia.
''A palpitação é a sensação dos batimentos do coração, os quais, normalmente, não são percebidos pelos indivíduos. Quando ficamos nervosos, realizamos exercícios físicos ou tomamos um susto é normal que a freqüência dos batimentos aumente. Porém, a palpitação é um dos sinais clínicos com o qual devemos nos preocupar'', diz a médica.
Ela explica que os movimentos do coração são rítmicos. Qualquer forma anormal de aceleração do coração ou de batimentos mais lentos são arritmias e o paciente deve procurar o médico ao sentir isso.
Segundo Marcelina Ornellas, as palpitações, aliadas a outros sintomas, apontam para a existência da arritmia cardíaca, um mal que pode levar à morte. ''Acompanhadas de tontura, desmaio, dor no peito e sudorização são sintomas que, juntamente com os batimentos fora do normal, aumentam as chances da morte súbita'', explicou.
Qualquer pessoas está sujeita a ter a doença ou mesmo nascer com ela. Porém, algumas medidas podem contribuir para a arritmia, como explica Marcelina Ornellas: ''O uso do cigarro, álcool, remédios para emagrecer, a prática de exercícios exaustivos ou sem avaliação cardíaca prévia e até a ingestão de café em excesso podem levar ao aumento ou redução da frequência de batimentos.'' Pacientes que não dormem direito também têm disposição a desenvolver a arritmia e outras séries de doenças, afirma a cardiologista.
Marcelina afirma que toda palpitação deve ser investigada e avaliada por um médico. A frequência estabelecida como normal é de 60 a 100 batimentos por minutos.
''Quanto menor a frequência de batimentos, dentro da faixa normal, melhor para o coração. As batidas são mais suaves, o coração economiza energia e oxigênio'', disse a médica, que também contrapõe: ''O coração não pode bater devagar demais, pois ele não dá fluxo de sangue para o cérebro. Isso também é uma arritmia dos batimentos e pode levar o paciente à morte'', afirmou.