MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 12 de novembro de 2011

Coelho é mais esperto, derrota o Flu no lotado Engenhão e deixa a lanterna

 

Time mineiro, que foi o último no Brasileiro em 21 rodadas seguidas, joga melhor que o adversário, que sonhava com a ponta, e vence por 2 a 1

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
 
Foi como num desenho animado ou numa fábula de La Fontaine: o mais fraco foi mais esperto e derrotou o mais forte. Neste sábado, no Engenhão, o rápido Coelho, apelido do América-MG, então último colocado no Campeonato Brasileiro, destruiu o sonho do gigante tricolor, o Fluminense, de assumir a liderança, com uma surpreendente vitória de 2 a 1. O resultado manteve as esperanças do time mineiro de escapar do rebaixamento, largando a lanterninha após 21 rodadas seguidas, agora com 31 pontos, dois a mais que o Avaí.
Fred com a camisa em homenagem ao Super Ézio (Foto: Agência Photocâmera)Fred homenageia Ézio (Foto: Ag.Photocâmera)
Por outro lado, a derrota jogou um balde de água fria na ascensão do time carioca, o melhor do returno. A derrota deixa o Flu em terceiro, com 56 pontos, sob o risco de perder posições neste domingo. Tudo indicava que haveria festa tricolor no Engenhão, todos os jogadores do Fluminense entraram em campo com a camisa 9 em homenagem a Ézio, ex-atacante tricolor que faleceu esta semana. Fred foi além e atuou com a inscrição "Super Ézio" às costas no lugar de seu nome. Mas o artilheiro dos anos 90 não inspirou muito os atuais neste sábado. A próxima partida do Tricolor das Laranjeiras será contra o Grêmio, novamente no Engenhão, e a do América-MG será contra o Botafogo, na Arena do Jacará, em Sete Lagoas (MG).
Coelho domina completamente o primeiro tempo
Com os dois times precisando da vitória por motivos diferentes, a partida começou com correria, muitos erros de passes e nenhuma chance de gol. O América-MG conseguia ficar mais tempo no ataque, mas era o Flu que entrava mais na área adversária. Porém, em três oportunidades Lanzini falhou e prejudicou o Tricolor.
Na verdade, o jogo estava amarrado no meio do campo, com marcação forte, faltas em excesso. Até os 24 minutos, o time da casa só havia feito aquele que seria o seu único arremate na etapa inicial (contra nove do América-MG), de Jefferson, para fora. Foi a partir deste momento que o Coelho cresceu em campo e passou a dominar o adversário.
Marquinho salvou o time carioca quase em cima da linha após cabeçada de Fábio Júnior, e logo depois Diego Cavalieri pegou no susto uma cobrança de falta de Amaral. No rebote, Fred derrubou William Rocha na área. Pênalti que Fábio Júnior cobrou e o goleiro do Flu defendeu jogando a bola em sua trave esquerda. A torcida tricolor comemorou como se fosse gol, mas o Coelho continuava no campo adversário.
Rafael Sobis na partida do Fluminense contra o América-MG (Foto: Agência Photocâmera)Rafael Sobis tenta levar o Flu ao ataque na partida contra o América-MG (Foto: Agência Photocâmera)
Fábio Júnior teve mais duas ótimas oportunidades, mas numa chutou por cima e na outra Cavalieri defendeu com o pé esquerdo. Muito tenso e desorganizado em campo, a equipe do Rio cometia muitos erros e não ameaçava o time mineiro, que explorava muito bem o lado esquerdo da defesa tricolor, onde Jefferson estreava mal. E o Coelho tanto correu, tanto lutou, insistiu, que abriu o marcador, com Kempes, aos 38. O Tricolor tentou reagir, mas nem chegou perto do gol.
No fim da primeira etapa, a torcida do Flu, que lotou o Engenhão, vaiou seu time, mas teve muitos motivos para se sentir aliviada, pois o América-MG poderia ter saído para o intervalo com uma vantagem bem maior.
Flu muda no segundo tempo, mas não melhora muito
Para buscar a reação, o técnico Abel mandou o Tricolor de volta ao gramado com duas substituições: Diguinho entrou no lugar de Valencia, e Araújo, no de Lanzini. E logo no início o Flu conseguiu a sua melhor oportunidade de gol, com Rafael Sobis tentando da linha de fundo surpreender Neneca, mas o goleiro foi esperto e jogou para escanteio. Nos contra-ataques, o Coelho era muito perigoso e Fábio Júnior teve outra chance, porém jogou na rede pelo lado de fora.
A sucessão de erros tricolores continuava a irritar sua torcida e a fazer o América-MG a retomar o comando do jogo. E foi após um erro na saída de bola do time carioca que a equipe mineira quase chegou ao segundo gol, com Marcos Rocha. Os torcedores do Flu já pediam a entrada de Rafael Moura aos gritos de "He Man, He Man", e Abel resolveu atendê-los, tirando o vaiado Jefferson, aos 20.
O novo "super-heroi" tricolor teve logo uma oportunidade, mas chutou em cima da zaga. Nesta altura da partida, a equipe da casa era um pouco melhor, embora continuasse cometendo muitos erros, principalmente no setor de criação, e com espaços em seu sistema defensivo que poderiam permitir ao América-MG contra-ataques perigosos.
No entanto, foi numa troca de passes sensacional que o América-MG chegou ao seu segundo gol, aos 33, com Alessandro, que substituíra Kempes. Silêncio no Engenhão. Logo depois, muitos protestos, mais intensos a cada novo erro tricolor. Porém, em seguida, explosão de esperança, com o gol de Rafael Moura, aos 36.
O Flu passou então a buscar o empate na base do abafa, e Fred teve uma ótima chance, mas Neneca fez excelente defesa. Sem qualquer organização, criatividade e tranquilidade, o time carioca buscou ao menos o segundo gol, mas não conseguiu, para desespero de sua torcida.

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