MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Debate em Brasília discute potencial dos frutos do cerrado

Economia verde e agroextrativismo são vistos como fonte de renda.
Recursos dados pela natureza ainda são pouco aproveitados.

Do Globo Rural
Naum e Djalmira Braga criam gado de leite na comunidade de Pontezinha, em Santo Antônio do Descoberto, Goiás. O casal mostra com orgulho parte da riqueza do cerrado como árvores de jatobá, baru, pequi e cajuzinho, uma fruta vermelha e bem miúda.
Na cozinha da casa de Djalmira há outras espécies do cerrado como bacupari, buriti e pimenta de macaco, também chamada de pindaíba, frutos que os produtores de Santo Antônio do Descoberto aprenderam a valorizar e a transformar em alimentos.
Doce de cajuzinho em compota, farinha de jatobá, geleia de coquinho azedo, castanha de baru, polpa congelada de buriti para sucos são outras iguarias.
Os moradores aprenderam a preparar os produtos com instrutores como a técnica em agroindústria Maiana Souza. Djalmira fabrica doces para consumo da família, mas quer fazer negócio da culinária do cerrado. “Produzir mais para sustentar minha família e vender para outras pessoas com o que tem na natureza, porque muitas vezes a gente deixar perder, né?".
O agroextrativismo e a economia verde são tema de um seminário em Brasília. Especialistas discutem as experiências no cerrado, pesquisa, políticas públicas e legislação. Para o ambientalista e engenheiro agrônomo Dozinete Tokarski, a sociedade ainda conhece pouco do potencial do segundo maior bioma brasileiro. "Nós temos mais de 12,365 mil espécies de plantas no cerrado, é preciso se apropriar dessa riqueza. Tem tecnologia, mas a política pública ainda não incorporou a forma de gerar riqueza a partir dos produtos do cerrado”.

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