Projeto ensina que da palmeira não se extrai apenas o palmito.
Os frutos também podem valer um bom dinheiro.
Para evitar a extração ilegal do produto que é ameaçado de extinção, desde 2003 em vez do palmito, que fica no topo da planta, perto das folhas, é nos cachos que estão os cuidados dos agricultores.
Estimular o manejo do fruto da palmeira é a proposta dos responsáveis pelo parque para geração de renda dos moradores da região. As condições climáticas são ideais.
Da muda, são oito anos até o aparecimento do primeiro cacho. A safra atual já começou e vai até o fim do ano, hora que os produtores parceiros do Projeto Juçara mais esperam: o momento de lucrar com tudo o que o fruto oferece.
Só na região ao redor do Parque das Neblinas, o manejo do juçara é feito em pelo menos 50 propriedades. O aproveitamento começa pelas sementes, que viram mudas para a venda. Cada uma delas pode ser comercializada por R$ 0,50 a R$ 1,50, dependendo do tamanho.
Os agricultores são orientados por biólogos que explicam que, além da questão ambiental, o manejo da palmeira juçara é mais rentável que a extração do palmito. Cada árvore pode representar pouco mais de R$ 10 para quem vende, já no caso dos frutos da palmeira, cada uma garante de um a cinco cachos por safra e a produção é boa: de cinco a 30 quilos de frutos por cacho.
De cada cacho de frutos é possível extrair em torno de 800 sementes e o quilo pode ser vendido por cerca de R$ 10.
O lucro também é certo com a polpa dos frutos
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