MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 5 de novembro de 2011

Estudantes têm até o fim da tarde para deixar a reitoria da USP

 

Oficial de Justiça leu em voz alta a notificação de reintegração de posse.
Juíza autoriza, "como medida extrema”, o uso de força policial.

Do G1 SP
Estudantes continuam ocupando prédio da reitoria  (Foto: Daniel Buarque/G1)Estudantes continuam ocupando prédio da reitoria
(Foto: Daniel Buarque/G1)
Os estudantes que ocupam desde quarta-feira (2) o prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) têm até as 17h deste sábado (5) para sair do edifício. Na tarde de sexta (4), um oficial de Justiça foi até a Cidade Universitária, no Butantã, Zona Oeste da capital paulista, e leu em voz alta a notificação de reintegração de posse.
Além de pedir a saída em 24 horas dos alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), o documento convoca dois representantes dos ocupantes para uma audiência neste sábado, às 10h, no Fórum Hely Lopes Meirelles, no Centro de São Paulo. Ninguém quis se prontificar a comparecer ao fórum nem a receber a intimação.
A reintegração de posse foi autorizada na quinta (3) pela juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública. Em sua decisão, ela afirma que a retirada dos alunos "deverá ser realizada sem violência, com toda a cautela necessária à situação, mediante a participação de um representante dos ocupantes e da autora para a melhor solução possível, observando a boa convivência acadêmica, em um clima de paz".
Caso os alunos não se retirem, a juíza diz que autoriza, "como medida extrema”, o uso de força policial. Ela ressalva, no entanto, que conta "com o bom senso das partes e o empenho na melhoria das condições de vida no campus".
A Cidade Universitária, campus onde está situado o prédio ocupado da reitoria, tem área total de 4,5 milhões de metros quadrados e oferece 86 cursos de graduação, além de especializações, pós-graduação, mestrados e doutorados.
Ocupações
As ocupações da reitoria e de outro prédio, o da administração da FFLCH, começaram depois que três universitários foram detidos pela PM com porções de maconha. Estudantes protestaram contra a prisão e houve confronto com a polícia. Após a confusão, um grupo invadiu o prédio da FFLCH – que foi liberado nesta quinta.
Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, diz que os alunos continuarão na reitoria. “Já foi decidido que esta ameaça violenta de reintegração de posse não será acatada [pelos ocupantes]. O movimento irá resistir.” Ainda na sexta, a reitoria da USP mandou cortar a energia elétrica e a internet do prédio invadido.
Impasse
Uma reunião entre a direção da universidade, os alunos e o Sintusp terminou sem acordo na sexta. Na pauta, dois assuntos foram discutidos: a saída da PM do campus e a revisão dos processos abertos pela universidade contra estudantes e servidores.
Participaram da reunião cinco estudantes, um professor da Faculdade de Direito - indicado por alunos para a negociação - e dois diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), além de dois professores representando a reitoria - Wanderley Messias, da geografia, superintendente de Relações Institucionais da universidade, e Alberto Amadio, da educação física e membro do gabinete do reitor.

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