MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Falta de vaga em cemitério pode levar cidade de MT a suspender enterros

 

Cemitérios de Várzea Grande estão lotados e sem espaço para ampliação.
Sem dispor de novas áreas, município pode até suspender sepultamentos.

Dhiego Maia Do G1 MT
Cemitério VG (Foto: Dhiego Maia/G1)Cemitérios em Várzea Grande estão com capacidade esgotada para novos enterros (Foto: Dhiego Maia/G1)
Com uma média de 100 sepultamentos por mês, a segunda maior cidade de Mato Grosso, Várzea Grande, localizada na região metropolitana de Cuiabá, está à beira de um colapso. É que os 13 cemitérios do município estão lotados e não dispõem de novas áreas para ampliação. Se nada for feito, em três meses, enterros na cidade correm o risco de até ser suspensos.
O Serviço Funerário de Várzea Grande informou ao G1 que corre contra o tempo para sanar os empecilhos que dificultam a construção de um novo cemitério. Segundo o gerente do órgão, Osenir Silveira, a prefeitura da cidade dá andamento desde 2009 a um projeto que prevê a construção de um cemitério no bairro Jardim Primavera, com capacidade para 10 mil túmulos.
Segundo o Serviço Funerário, o espaço ainda não funciona por questões burocráticas. “Tudo o que a Sema (Secretaria de Meio Ambiente do estado) pediu nós já enviamos. Agora só falta o estudo do período chuvoso para o cemitério começar a operar”, explica o gerente.
O último laudo em questão visa acompanhar o comportamento do solo durante o período chuvoso, para que o cemitério assim que estiver em operação não venha a contaminar o lençol freático da região. Enquanto isso, os enterros na cidade estão sendo realizados em pontos dos cemitérios reservados para ocasiões emergenciais, quando muitas pessoas morrem de uma só vez. “Pelo número de sepultamentos que nós temos aqui, eu preciso de uma nova área. Se o tempo passa e essa nova área não vier, no final de janeiro [de 2012] vamos ter problemas”, diz Silveira.
Os 13 cemitérios de Várzea Grande não possuem estudos de impacto ambiental e, segundo Silveira, foram construídos de forma improvisada. O G1 visitou a área que deve abrigar o novo cemitério, batizado de Recanto da Paz. Ao lado, existem outros dois cemitérios, com mais de oito mil túmulos. Ambos sem capacidade para novos enterros.
Falta de estrutura
Outro problema que dificulta a qualidade dos serviços funerários na cidade é a falta de regularização dos túmulos. Mais de 90% deles estão inadimplentes e não contribuem com as taxas de manutenção dos cemitérios e existem apenas 30 trabalhadores para atender todos os túmulos.
Senhora encontra lama em reservatório de água de cemitério em Várzea Grande (Foto: Dhiego Maia/G1)Mulher encontra lama em reservatório de água de
cemitério em Várzea Grande. (Foto: Dhiego Maia/G1)
Nesta terça-feira (1º), o G1 esteve no cemitério mais antigo de Várzea Grande, o São Francisco, localizado na região central da cidade. Por lá, famílias estavam frustradas com a situação do espaço. Quem se antecipou para limpar as lápides se deparou com uma surpresa. “Desde sábado o cemitério está sem água. Temos que baldear água do lava-jato aqui da frente para conseguir limpar o túmulo da nossa família”, revela a publicitária Márcia Cardoso. Luzia da Costa levantou bem cedo para limpar os túmulos da família e dos amigos. No reservatório de água do cemitério ela só encontrou lama. “Não tem condição. Essa falta de água é vergonhosa para a gente”, reclama

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