MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Governo determina permanência da polícia em acampamento em MS

 

Força Nacional intervirá no acampamento indígena até fim de conflitos.
'Não voltará a acontecer violência aqui', diz Secretário de Direitos Humanos.

Do G1 MS
Secretaria de Direitos Humanos visita acampamento indígena atacado em MS (Foto: Reprodução/TV Morena)Secretário de Direitos Humanos durante visita a
acampamento atacado em MS (Foto: TV Morena)
O governo federal determinou intervenção policial permanente da Força Nacional no acampamento indígena Guaiviry, situado na faixa de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Na tarde de quarta-feira (23), uma comissão formada por representantes da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República esteve no local, que foi alvo de um ataque de pistoleiros na última sexta-feira (18) e que resultou no desaparecimento do cacique de 59 anos, da etnia guarani-kaiwá. A Polícia Federal (PF) investiga o caso.
Durante a visita, o secretário Ramaís de Castro Silveira esteve acompanhado por técnicos do governo federal, além do superintendente da PF de Mato Grosso do Sul, Edgar Paulo Marcon, do Procurador da República, Thiago dos Santos Luz, e do coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Silvio Raimundo da Silva.
“A investigação sobre o que aconteceu no acampamento já está sendo feita e, assim que possível, o resultado será levado ao público. No entanto, o que queremos dizer para as famílias indígenas é que não voltará a acontecer violência no local”, afirmou o secretário.
Silveira lembrou ainda que a determinação, que veio de Brasília, deve evitar novos confrontos no local. “Enquanto houver impasse pela posse das terras, equipes da Força Nacional permanecerão na entrada da propriedade”.
Indígenas estão apreensivos no acampamento que foi atacado em Mato Grosso do Sul (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)Indígenas estão apreensivos em acampamento
que fica na área de fronteira (Foto: Tatiane Queiroz)
Ataque
Os índios, da etnia guarani-kaiwá, afirmam que o cacique desapareceu no início da manhã de sexta-feira (18), quando o acampamento teria sido atacado por aproximadamente 40 homens. A liderança teria sido atingido por um tiro de bala de borracha e depois teria sido colocado em uma caminhonete.
Os índios acreditam que o cacique está morto. Eles afirmam que, durante rituais religiosos, os “espíritos” revelaram a morte do líder indígena.
Investigação
No local, a perícia policial colheu fragmentos de munição e vestígios de sangue. Exames devem apontar se as amostras são de material humano. O superintendente da PF de Mato Grosso do Sul, Edgar Paulo Marcon, afirmou que as investigações sobre o ataque ao acampamento estão avançadas.
“Os vestígios de sangue estão sendo analisados pela perícia. No entanto, os peritos asseguraram que, pela quantidade de sangue encontrada no local, não é possível afirmar com convicção que o ferimento que o cacique tenha recebido causou a morte dele”, afirmou Marcon.
Quando indagado sobre possíveis suspeitos, o superintendente disse que ainda não revelará nomes. “Várias pessoas são suspeitas de envolvimento no caso e já estão sendo investigadas”.

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