MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Grupo denuncia casos de violência na Universidade Federal do AM

 

Denúncias foram feitas nesta quinta-feira (17) no Campus Universitário.
Ato público contou com participação de várias entidades sindicais.

Anderson Vasconcelos Do G1 AM
Docentes pedem segurança no Campus Universitário (Foto: Anderson Vasconcelos / G1)Docentes pedem segurança no Campus Universitário
(Foto: Anderson Vasconcelos / G1)
Professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizaram nesta quinta-feira (17) uma manifestação em favor de mais segurança no campus universitário. Durante o ato público, realizado na área de convivência da cantina do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), a categoria aproveitou para cobrar postura mais combativa da reitoria da instituição em relação aos casos de violência ocorridos nos últimos anos.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Ufam (Adua), Antônio Neto, o livre exercício da docência está comprometido com a insegurança no campus. “A Universidade vem sendo invadida, sem que a reitoria expresse uma reação adequada a esses acontecimentos. Os casos de agressão cometidos contra os professores ferem a autonomia e a liberdade didático-pedagógica do corpo docente”, disse.
Para o diretor do ICHL, Nelson Noronha, a repetição dos casos de agressão física e moral na Ufam decorre “do baixo nível de democracia e da falta de mobilização” da comunidade acadêmica no combate à violência. “Precisamos ampliar as formas de participação da sociedade na busca por soluções para a insegurança”, afirmou.
Durante o ato, os professores tomaram como referência o caso do professor Gilson Monteiro. O docente foi vítima de agressão em maio de 2009, quando ministrava aula a uma turma do curso de Jornalismo da Ufam. Ele teve a sala invadida e foi espancado por Amin Aziz, irmão do atual governador do Amazonas, Omar Aziz (à época, vice-governador).
O crime ganhou repercussão novamente em 2011 por conta da decisão do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM), por meio da qual o agressor pagou à Ufam a quantia de R$ 15 mil, dividida em três parcelas (pagas em fevereiro, março e abril deste ano). “O professor sequer foi ouvido nesse processo e muito menos participou de acordo algum”, criticou o professor aposentado Alcebíades Oliveira.
Presidente do Sindicato dos Jornalistas lamentou casos de agressão na Ufam (Foto: Anderson Vasconcelos / G1)Presidente do Sindicato dos Jornalistas lamentou
casos de agressão na Ufam
(Foto: Anderson Vasconcelos / G1)
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas (SJPAM), César Wanderley, lamentou o posicionamento omisso da alta gestão da Ufam nesse caso e chamou de “brando e indecente” o acordo proposto pelo MPF/AM. “A academia precisa manter posição em defesa da segurança na Universidade”, reforçou.
Para o deputado estadual José Ricardo (PT), o problema da insegurança não se restringe ao campus universitário. “Na verdade, toda a sociedade sofre com a falta de políticas públicas de segurança. Até agora o governo estadual ainda não apresentou nenhum plano ou ações referentes às promessas de campanha para solucionar a questão da violência”, arrematou.
Para deputado estadual José Ricardo (PT) faltam políticas públicas de segurança no Amazonas (Foto: Anderson Vasconcelos / G1)Para deputado estadual José Ricardo (PT) faltam políticas públicas de segurança no Amazonas (Foto: Anderson Vasconcelos / G1)
Entidades – Participaram do ato público também representantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect-AM), do Sindicato dos Sociólogos do Amazonas, da Associação Nacional dos Estudantes Livres (Anel) e de alguns centros acadêmicos da Universidade.

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