MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 20 de novembro de 2011

Indígenas se tornam empreendedoras de sucesso no Amazonas

 

Grupo desenvolve produtos especializados em artesanato cultural.
Elas deixaram suas aldeias para conquistar seu espaço na sociedade.

Alan Chaves Do G1 AM
Mais de 200 indígenas recebem assessoria (Foto: Divulgação)Mais de 200 indígenas recebem assessoria em Manaus.
(Foto: Divulgação)
No encerramento da Semana Global de Empreendedorismo, o G1 mostra como mulheres de origem indígenas deixaram suas vidas pacatas das aldeias para virar empreendedoras de sucesso no cenário local, tendo seus produtos e artigos exportados para vários estados brasileiros e até para outros países.
Depois que o grupo da Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN), localizado no bairro Coroado, Zona Leste da cidade, passou a recebe assessoria do Instituto Consulado da Mulher em Manaus (ICMM) para o desenvolvimento do chamado “artesanato de raiz”, um forte diferencial no cenário brasileiro a vida dessas mulheres de origem humilde mudou. Com os produtos desenvolvidos que refletem a cultura e as tradições do povo indígena, elas passaram a ter uma renda que chega a R$500 ao mês.
A partir de sementes, fibras e outros elementos retirados da floresta e forma sustentável, as mais de 200 mulheres indígenas assessoradas pelo Instituto, desenvolvem brincos, cestos, colares e pulseiras que são comercializados em várias feiras. Os trabalhos das empreendedoras da AMARN, já foram expostos na Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e em Feiras de Economia Solidária.
Para profissionalizar a produção de artesanato e a gestão do empreendimento, a Associação passou a contar em 2008, com a orientação do ICMM. A assessoria oferecida, de acordo com a porta-voz Dayla Souza, está direcionada para a gestão do empreendimento. Ela conta que daquele ano até hoje, foram realizadas várias oficinas para transmitir às indígenas, conhecimentos relacionados à administração do negócio, como fluxo de caixa, gestão financeira, fundo de reserva, entre outros.
“Acompanhamos e auxiliamos no fortalecimento do time de coordenação da associação. Durante o período em que tem recebido a assessoria do Consulado da Mulher a renda gerada pelas empreendedoras associadas à AMARN aumentou em aproximadamente 20%", contabiliza Dayla Souza.
Presidente da AMARN, entre as obras das indígenas  (Foto: Divulgação)Presidente da AMARN, entre as obras das indígenas.
(Foto: Divulgação)
A presidente da AMARN, Juscimeire Trindade Serra, da etnia Uanã, conta que a parceria entre a associação, que existe há 20 anos, e o Consulado transformou a vida das artesãs. Ela conta que muitas das indígenas vieram para a capital em busca de uma nova vida. “A princípio elas tentaram trabalhar em casas de famílias, onde sofriam violência domestica, além de vários problemas de ordem social. Aqui, elas encontraram um novo caminho para uma nova vida”, destacou.
Foi na Associação que elas conquistaram respeito, independência financeira e dignidade. Com os trabalhos produzidos pelas próprias mãos, elas lucram cerca de R$500 por mês. Esses ganhos chegam a triplicar com participação em grandes feiras e eventos. Os produtos são comercializados na sede da Associação no Coroado, no Espaço do Artesanato Branco e Silva, localizado no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul, e em pontos estratégicos. Donas do próprio negócio, elas comemoram a oportunidade de gerar emprego e renda, e ainda, sustentar a família e oferecer o melhor para os filhos.

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