Vagas abertas na Casa de Prisão Provisória não foram suficientes.
Polícia acredita que feriado prolongado vai agravar o problema.
Na quinta feira (10), enquanto mais de 300 pessoas ocupavam celas em delegacias, a CPP disponibilizou 17 vagas. Com isso, presos que deveriam passar de três a dez dias nas delegacias chegam a ficar até três meses.
Um caso extremo é o da Delegacia de Capturas que possui duas celas com 18 metros quadrados, cada uma. De acordo com a lei de execução penal, o espaço pode abrigar três pessoas, mas hoje é dividido por 62 presos, que ficam amontoados nas celas.
Os presos são obrigados a fazer revezamento para dormir. Um dos detentos relata que a primeira turma dorme das 22h às 3h, e a segunda, das 3h às 8h. O espaço não tem sequer iluminação, as condições de higiene são precárias e, apertados, os presos dizem que chegam a sentir falta de ar.
A situação se repete em outras delegacias. Na Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), 30 presos ocupam o espaço onde caberiam só três. Na Delegacia de Investigação Criminal (Deic), 42 se espremem no espaço para seis pessoas.
O superintendente da Polícia Judiciária, Álvaro Cássio dos Santos, está preocupado com a chegada do feriado. Durante quatro dias a CPP vai ficar sem receber novos presos e a população carcerária nas delegacias vai crescer ainda mais. A orientação é que os delegados continuem prendendo. “Neste período, a CPP não recebe presos. Essa superlotação é um facilitador para fugas”, afirma Álvaro.
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