MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 13 de novembro de 2011

Mais no coração do que na técnica, Cruzeiro vence o Inter por 1 a 0

 

Farías marca de cabeça o gol do jogo. Expulsão de Helton atrapalha Colorado

Por Leonardo Simonini Sete Lagoas, MG
 
Foi na raça e com o apoio da torcida. Os quase 17 mil cruzeirenses presentes na Arena do Jacaré, incluindo o lesionado meia Montillo, empurram o Cruzeiro para uma vitória magra e sofrida sobre o Internacional, por 1 a 0.
O gol do jogo foi marcado ainda na primeira etapa, após bela jogada de Wellington Paulista pela ponta esquerda. Da linha de fundo, ele cruzou na cabeça de Farías, que na primeira trave mandou para as redes. O detalhe é que até o início de outubro o argentino era renegado dentro do clube e pagava um campo particular para manter a forma.
O resultado foi importatíssimo para o time mineiro, que com 37 pontos tomou a posição do Ceará e agora, em 16º, está fora do Z-4, pelo menos até quarta-feira, quando vai até Florianópolis encarar o Avaí, às 21h50m (de Brasília) no Estádio da Ressacada.
Já ao Inter resta a constatação de que um elenco com vários jogadores de qualidade em diversas posições não é certeza de resultados dentro de campo. Agora, o time gaúcho está em 10º, com 51 pontos, bem longe de uma vaga para a Libertadores de 2012. Agora, o Colorado também volta a campo na quarta, só que às 20h30m, no Beira-Rio, contra o Bahia.
O que vale é o placar
Com a força das arquibancadas, o Cruzeiro foi com tudo para cima do Inter no início do jogo, mais na base da disposição do que da técnica. A pressão era grande,mas não levava perigo ao gol de Muriel. Experiente e sob o comando de D’Alessandro, o colorado passou a tocar a bola até que o ímpeto inicial acabasse. Deu certo, e na primeira escapada os visitantes quase marcaram após saída de Fábio. A bola sobrou para Oscar que por cobertura acertou o travessão. A partir daí, o Inter passou a ter boas chances, e numa cabeçada Gilberto obrigou o camisa 1 da Raposa a salvar.
E quando o Inter parecia controlar o jogo, saiu o gol de Farías, aos 19 minutos. Wellington Paulista fez grande jogada pela esquerda e colocou na primeira trave. Farías subiu bem e mandou para as redes, sem chances para Muriel. Muita festa na Arena, já que àquela altura o time azul abria dois pontos de vantagem para o Z-4.
O gol não mostrava o que acontecia em campo, já que D’Alessandro ditava o ritmo com ótimos passes para Gilberto, que pecava nas finalizações. Ah, se fosse o Damião... Com o meio-campo alugado, o Inter chegava por todos os lados e também pelo meio. Só que faltava acertar o pé nas finalizações.
Percebendo o cenário desfavorável, a torcida do Cruzeiro até que tentava apoiar, mas as chegadas eram esporádicas. Só numa delas que a dupla de ataque quase funcionou novamente. Após bela tabela, Farías deixou WP9 numa boa, mas o centroavante bateu rasteiro e fraco, o que facilitou a vida de Muriel.
O bom primeiro tempo acabou mesmo com a vitória parcial do Cruzeiro, resultado importantíssimo na luta contra o rebaixamento. Já o Inter via o sonho de conseguir uma vaga na Libertadores 2012 ficar ainda mais distante.
Expulsão atrapalha reação. Bom para a Raposa
A etapa final começou como foi boa parte da primeira. Com ótimo toque de bola entre Oscar e principalmente D’Alessandro, o Inter pressionava o Cruzeiro. Mas aos 7 minutos, numa infantilidade de Helton ele acabou deixando os gaúchos com um homem a menos. Wellington Paulista recebeu na meia, ia aplicar um chapéu no volante, que colocou a mão na bola. Como já tinha amarelo, foi para o chuveiro mais cedo.
Mas quem pensava que esta era a senha para os donos da casa dominarem a partida, acabou se enganando. Numa grande noite, D’Alessandro fazia ótimas jogadas sempre que se aproximava de Oscar. E foi dos pés do garoto que quase saiu o empate. Num passe mágico ele viu Tinga entrar pela direita. O camisa 7 levantou a cabeça e cruzou rasteiro para Nei. O lateral, na função de atacante entrou de carrinho e de dentro da pequena área conseguiu acertar o travessão. Ah, se fosse o Damião...
E a resposta veio rapidamente, primeiro num chute de Roger de fora da área, e em seguida num cruzamento de Marquinhos Paraná, que encontrou Farías livre para perder chance incrível.
A essa altura, Dorival Júnior já havia feito as três alterações a que tinha direito, inclusive com a saída de D’Ale para a entrada de João Paulo. Já Mancini havia tirado Leandro Guerreiro, muito aplaudido, para a entrada de Sandro Manoel.
E as alterações de Dorival não surtiram efeito, já que quando ficou sem seu camisa 10 o Inter parou de chegar com perigo. De emoção a partir daí apenas uma chegada rápida da Raposa que terminou com gol anulado de Ortigoza, após confusão na área. Como reclamou muito do lance, Vágner Mancini acabou expulso do banco de reservas.
Como o Cruzeiro estava satisfeito com o placar e o Colorado não tinha mais fôlego para chegar ao ataque, os minutos finais foram mais de sofrimento para a torcida da Raposa, que queria ver o time fora do Z-4 do que de emoção dentro de campo. Com o apito final, alívio para os 16.967 presentes, que somaram uma renda de R$ 106.588,00.

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