MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

'Não somos uma ilha', diz Dilma sobre crise

 

Presidente citou mercado interno para dizer que país não está desprotegido.
Na CNA, Dilma foi aplaudida ao dizer que Brasil é 'potência agropecuária'.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (22) que o Brasil "não é uma ilha" em meio à crise financeira internacional, mas ressaltou que o país não está "desprotegido" contra uma eventual recessão.
"Vivemos hoje um momento em que o mundo passa por dificuldades. Não somos uma ilha, mas ao mesmo tempo que não somos uma ilha, não somos um país desprotegido. Pelo contrário. Somos protegidos pelo seu imenso mercado interno, pelo fato de que nós, nos últimos anos, tiramos 40 milhões de pessoas e transformamos esse país, pela primeira vez, em um país de classe média efetivamente".
A presidente discursou durante encerramento do seminário promovido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) sobre o papel do agronegócio e os desafios do Brasil como 5ª potência mundial.
Dilma lembrou que o Brasil está na liderança mundial na produção de açúcar, café em grãos e suco de laranja e que o país exporta produtos agrícolas para 214 destinos. Ela provocou aplausos da plateia ao dizer que "todos encontraram explícita ou implicitamente um ponto de
convergência: o Brasil é hoje uma potência agropecuária"
"Essa posição privilegiada do Brasil foi conquistada respeitando e fortalecimento, a convivência a complementaridade de pequenos, médios e grandes produtores", disse. Destacou ainda o "espírito empreendedor" do agricultor brasileiro. "O Brasil é uma potência agropecuária porque soube agregar as condições naturais ao fator empreendedor".
A presidente do CNA, senadora Kátia Abreu (PSD-TO), citou números que, para ela, demonstram que o agronegócio brasileiro é "eficiente, competitivo e valioso ativo na economia brasileira". Segundo ela, o setor gerou superavit de US$ 408 bilhões nos últimos dez anos.
Código Florestal
A senadora elogiou a aprovação, na tarde desta quarta-feira (23), do novo Código Florestal pela Comissão de Meio Ambiente do Senado e disse que a CNA conta com a nova legislação para "ajudar a combater a fome no Brasil".
"Parte da melhoria das condições de vida da nossa população decorre do barateamento da alimentação, que hoje consume 16% da renda dos brasileiros", argumentou Kátia Abreu.
Dilma, por sua vez, evitou comentários sobre as polêmicas do texto, mas disse que é preciso buscar "consenso" sobre o tema. "O Brasil não precisa e não pode contrapor seu papel de potencia agrícola à preservação de nossas riquezas naturais e nossa biodiversidade", disse.
Mais cedo, a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovou o texto-base de reforma do código após o relator da proposta, senador Jorge Viana (PT-AC), acatar modificações sugeridas por parlamentares da bancada ruralista.
Uma das principais polêmicas está em torno da conversão de multa em reflorestamento a quem tenha sido autuado por desmatamento até julho de 2008, benefício antes previsto apenas para pequenos agricultores e donos de terras com até quatro módulos fiscais (o tamanho de cada módulo varia de acordo com a região do país).
Da forma como foi aprovado, o código abre a possibilidade de conversão também para os grandes proprietários rurais. Os destaques (mudanças), contudo, ainda serão apreciados na próxima sessão da comissão. Após votação de destaques, o texto seguirá para o plenário do Senado e, se aprovado, retornará à Câmara.

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