'Ficar no euro é nossa única opção', afirma Papademos.
Segundo premiê, Grécia precisa de novo programa de ajuste fiscal.
"Ninguém deseja que o país saia do euro", disse Papademos. "Ficar no euro é nossa única opção", completou.
Em um discurso ante o Parlamento, Papademos, que encabeça um governo de coalizão integrado pelos socialistas, pela direita e pela extrema direita, disse que o déficit público grego em 2011 será de 9% do PIB, contra 10,6% em 2010 e 15,7% em 2009.
Papademos, durante discurso no parlamento grego nesta segunda-feira (14) (Foto: AP)
"Se essas decisões forem aplicadas e as medidas associadas a elas forem tomadas, a Grécia pode olhar para o futuro com confiança", acrescentou o ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), que vai liderar um governo de transição no país.Segundo ele, o país precisa para implementar um novo programa econômico, mas a tarefa demandaria mais tempo do que os cerca de 100 dias previstos para o seu governo de unidade nacional.
"Para continuar os esforços para restaurar a economia, precisamos de apoio dos nossos parceiros europeus... e um novo programa de ajustamento fiscal", disse Papademos, em discurso.
O programa do governo de união nacional está limitado ao desbloqueio dos 8 bilhões de euros do sexto lote do primeiro resgate financeiro internacional à Grécia - de maio de 2010 -, à ratificação do segundo plano de resgate, estipulado em outubro, e à aplicação das medidas de austeridade determinadas pelo acordo com os credores.
"O apoio europeu depende da aplicação do acordo de 26 de outubro. Não é um ultimato o pedido de que todos os líderes políticos assinem, que se comprometam a respeitar os acordos de 26 outubro. É nossa obrigação com os povos europeus que nos apoiam", destacou Papademos.
O governo de unidade nacional conta com o respaldo de 260 deputados entre as 300 cadeiras na Câmara, já que os socialistas do Pasok, os conservadores da Nova Democracia e os extremistas do LAOS, ganharam o apoio de mais três deputados da formação centrista da ex-ministra de Relações Exteriores, Dora Bakoyannis.
Está prevista para esta semana a primeira visita a Atenas dos analistas internacionais da União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu. O país espera o desbloqueio do sexto lance de 8 bilhões de euros do empréstimo estipulado em maio de 2010 para que o país não quebre.
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