Conselho afasta médico de MT por 30 dias por erro médico em plástica

Decisão foi publicada no Diário Oficial do estado desta sexta-feira (30).
O cirurgião não poderá atender entre os dias 1º e 30 de abril deste ano.

Ericksen Vital Do G1 MT

Rosimere morreu durante uma cirurcia plástica em
Cuiabá (Foto: Reprodução TVCA)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) afastou por 30 dias o médico cirurgião plástico Samir Kehdi do exercício da atividade profissional. A decisão foi publicada no Diário Oficial do estado que circula nesta sexta-feira (30). Conforme o texto assinado pela presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Dalva Alves das Neves, o cirurgião não poderá atender pacientes entre os dias 1º e 30 de abril deste ano, em sua clínica em Cuiabá.
Samir foi considerado culpado pela morte da gerente Rosimere Aparecida Soares, de 30 anos, em dezembro de 2007. Rosimere passou mal durante uma cirurgia de lipoaspiração que estava sendo realizada por Samir Kehdi. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte foi a perda rápida de sangue causada por perfuração.

De acordo com CRM-MT, o médico já estava sendo julgado desde 2008. Ele foi considerado culpado pelo CRM, mas como a defesa dele recorreu, o processo teve que tramitar no CFM que decidiu pelo afastamento somente em fevereiro de 2012. O médico também já havia sido condenado pelo conselho a censura pública.

O G1 entrou em contato com a advogada de médico, Evelyn Bidigaray, que confirmou que a decisão ainda não comunicada ao médico. Mas adiantou que a decisão publicada no diário oficial não cabe mais recurso. Ela disse ainda que o médico estava atendendo normalmente em sua clínica na capital, mas que ele deve cumprir a decisão.
Criminal
Em setembro do ano passado, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) decidiu manter, por unanimidade, a condenação do médico cirurgião plástico. Ele é réu em um processo onde é apontado de cometer erro médico durante uma cirurgia estética de lipoaspiração em uma clínica de Cuiabá, em dezembro de 2007. A defesa do médico adiantou recorreu da decisão judicial.