MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Alta do INCC é puxada pelo preço da mão de obra, diz FGV


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
São Paulo - A elevação do Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado(INCC-M) em abril foi puxada principalmente pela alta nos preços da mão de obra. Neste mês, o grupo registrou variação de 1,08%, o que representa uma forte aceleração ante os 0,32% registrados em abril. "A aceleração desse item fez a diferença", observou Ana Maria Castelo, coordenadora de estudos de construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou os dados do indicador nesta quarta-feira.

O grupo mão de obra nas cidades de Salvador e Rio de Janeiro teve variação de 5,82% e 4,26%, respectivamente, por conta de reajustes salariais em função de data-base. Em Porto Alegre, a taxa aumentou 1,13%, decorrente de adicional previsto no acordo coletivo. "A elevação de salário mais significativa nessas localidades causou uma repercussão maior no índice", explicou Ana Maria, lembrando que o INCC deve voltar a sofrer um impacto mais forte na metade do ano, após acordo coletivo para reajuste salarial em São Paulo.

A pesquisadora descartou ainda a possibilidade de um alívio nos custos da mão de obra até meados de 2013. "A retomada das obras de infraestrutura no País está se confirmando, e o setor da construção segue aquecido. Com isso, a perspectiva é que a demanda continue a pressionar os salários neste ano e em boa parte do ano que vem."

Entre os componentes do INCC-M, a parcela relativa à categoria Materiais, Equipamentos e Serviços indicou variação de 0,58% em abril. Em março, a taxa havia sido de 0,42%. Três dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: materiais para estrutura (0,47% para 0,68%), materiais para instalação (0,37% para 1,00%) e materiais para acabamento (0,33% para 0,48%).

Nas sete capitais avaliadas pela pesquisa da FGV, as maiores altas foram em Salvador (3,26%), Rio (2,42%) e Porto Alegre (0,81%), justamente onde o impacto salarial foi mais forte. Em seguida, aparecem Brasília (0,57%), São Paulo (0,30%), Recife (0,19%) e Belo Horizonte (0,09%).

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