MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 24 de abril de 2012

Após morte de estudante, hospital de MS muda atendimento a pacientes


Procurador pediu para equipe tomar precauções e humanizar atendimentos.
Jovem de 19 anos morreu após receber medicação a que era alérgica.

Do G1 MS

Quase 20 dias após o caso da estudante Letícia Gottardi, que morreu depois de ser atendida no hospital de Bonito, a 300 km de Campo Grande, o atendimento de pacientes passou por mudanças. A responsabilidade pela morte ainda está sendo apurada.
Para a família da estudante de 19 anos, que morreu no dia 7 de abril, ainda é difícil aceitar o que aconteceu. "A gente não consegue superar, era uma pessoa querida, nova. É doído demais, não tenho nem palavras.", diz o tio Carlos Gottardi.
Letícia morreu  depois de ser atendida no hospital da cidade. O laudo da morte aponta que ela foi vítima de choque anafilático e falência múltipla dos órgãos. A família pretende acionar a Justiça para pedir a responsabilização dos envolvidos pela morte da estudante.
A jovem morreu poucos dias depois da morte de uma gestante e um bebê, no mesmo local. Desde 2010, o hospital é administrado por uma junta interventora, composta por representantes do poder público e de uma sociedade beneficente. A instituição possui 26 leitos para atendimento de baixa e média complexidade. Casos mais graves não podem ser resolvidos no hospital.
De acordo com o procurador do hospital, José Anezi de Oliveira, houve mudanças no procedimento de atendimento aos pacientes. "A recomendação foi precauções. Conversamos com todos os profissionais do hospital no sentido de humanizar os atendimentos, principalmente para os usuários do Sistema Único de Saúde", afirma.
Depois de registrar duas mortes em menos de 15 dias, oito dos doze médicos que trabalhavam no hospital devem continuar atendendo. Dois já foram afastados, um deles por determinação judicial. Já a médica que atendeu a estudante Letícia pediu afastamento. Outros dois foram notificados e devem deixar o hospital até o dia 17 de maio.
A prefeitura está em busca de novos profissionais. O problema está na dificuldade em encontrar médicos. "É muito difícil a interiorização desses profissionais. Conseguimos dois médico para ocupar a vaga desses quatro, mas ainda estamos à procura", diz a secretária municipal de saúde, Melissa Carolina Dural Rodrigues Macedo.
No hospital, o caso ainda está sendo investigado. A junta aguarda resultado de um exame para definir se houve ou não negligência médica. "É um exame que traz, de forma geral, a causa mortis da estudante Letícia. O laudo que foi apresentado é meramente para efeito de estatística do Ministério da Saúde. As causas que estão no atestado de óbito podem ser contrariadas pelo laudo que vier do legista nos próximos dias", afirma o chefe de gabinete Silvio Roberto Rocca.

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