MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Camelôs vendem óculos de grau sem receita médica por até R$ 10, em GO


Produtos foram flagrados expostos em bancas de Goiânia e Rio Verde.
Sedem informou que não existe trabalho específico para coibir esse comércio.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

Óculos de grau estão sendo vendidos sem receita médica custando entre R$ 10 e R$ 30 em vários estabelecimentos comerciais de Goiânia e Rio Verde, no sudoeste do estado. Os produtos ficam expostos nas bancas de camelôs como uma mercadoria qualquer. A venda de óculos de grau é proibida, mesmo assim, os camelôs insistem no negócio, pois alegam que nas ruas não se vê nenhum tipo de fiscalização.
Em Goiânia, adquirir o produto não é tarefa difícil. Com uma câmera escondida, a produção da TV Anhanguera foi até um mercado popular no Setor Vila Nova.
“O que a senhora tem de óculos de grau aqui e como funciona: pela lente ou pelo grau?”, pergunta o produtor. “É pelo grau. Tem de um, um e meio, dois e dois e meio” afirma a comerciante, que, em seguida, fecha a compra por R$ 12.
Na cidade de Rio Verde, a facilidade também faz com que comerciantes não hesitem em vender o produto. “Em mim eles [a fiscalização] nunca vieram”, conta o comerciante Manoel Faria da Silva.
Os produtores da TV Anhanguera também foram até um comércio popular da cidade e, sem saber que estava sendo filmado, o camelô ofereceu vários modelos e com graus diferentes.
“Você tem óculos para descanso de vista?”, pergunta o produtor. “Qual grau você quer? De grau, tem do um até o quatro”, responde o camelô. O negócio então foi fechado por R$ 15.
Riscos
Para uma avaliação profissional, os óculos foram levados até um oftalmologista, que analisou as lentes e constatou que o grau era o mesmo apontado na etiqueta do produto. Mas, segundo o médico oftalmologista Fernando Araújo, por estar enxergando melhor, a pessoa tem a impressão de que o problema de visão foi corrigido, o que, de acordo com ele, é um engano.
“Normalmente, as pessoas têm, além da hipermetropia, o astigmatismo também, que não é vendido junto aos óculos de camelô. E se a pessoa tem o astigmatismo e não está corrigindo, ela provavelmente vai ter dor de cabeça, mal-estar, desconforto, sono e cansaço”, explica o oftalmologista.
O médico ainda faz um alerta sobre o uso de óculos de grau sem orientação: “O olho já tem uma estrutura circular que regula o grau como se fosse uma filmadora ou uma máquina fotográfica, é automática essa focalização. Então, se eu coloco um grau a mais, eu passo a inibir este mecanismo, pois o olho da pessoa não acomoda como deveria acomodar a imagem”.
Fiscalização
O diretor de fiscalização da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedem), Paulo Sérgio Mendonça Rezende, disse que não existe um trabalho de fiscalização específico quanto à venda irregular de óculos.
De acordo com ele, a fiscalização da venda clandestina de todo tipo de mercadoria é feita diariamente e, quando os fiscais encontram esse tipo de produto, ele é apreendido e levado junto com os demais para o aterro sanitário para ser destruído.
Segundo ele, por se tratar de comércio ambulante irregular, a Sedem não tem como notificar os responsáveis. A punição, nestes casos, é a perda total da mercadoria apreendida, já que a lei não prevê a devolução dela.

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