MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cerca de 80% dos hipertensos sergipanos são atendidos pelo SUS


Quase 300 mil sergipanos são hipertensos.
Medicamentos podem ser encontrados em farmácias populares.

Flávio Antunes Do G1 SE

Hipertensão (Foto: Flávio Antunes/G1 SE)Remédios gratuitos melhoram a qualidade de vida
do hipertenso (Foto: Flávio Antunes/G1 SE)
O Governo Federal está distribuindo gratuitamente medicamentos para hipertensão e diabetes por meio do programa ‘Saúde não tem preço’, lançado em 2011. Na rede própria foram disponibilizados 15 medicamentos. Para ter direito ao benefício, o usuário deve apresentar a receita médica, um documento com foto e o CPF em qualquer Farmácia Popular.
Em Sergipe são 50 farmácias ao todo, sendo que 41 são convênios com drogarias privadas por meio do programa ‘Aqui tem Farmácia Popular’. Nove pertencem à rede própria. Sendo que, destas, seis são em parceria com municípios.
A hipertensão é uma doença silenciosa, diz a coordenadora da Hipertensão e Diabetes da Secretaria de Estado da Saúde, Estela Gouveia. A doença nem sempre é percebida pela pessoa e geralmente está associada a outros sinais, como sedentarismo, obesidade, tabagismo, alimentação inadequada ou no histórico familiar, completa ela.
Segundo dados do Ministério da Saúde, que anualmente realiza por telefone a pesquisa Vigitel, que possui abrangência nacional, os números em Sergipe mostram que 22,7% da população sergipana é hipertensa, o que equivale a 298 mil pessoas. Desse total, 80% estão sendo atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Prevenir ainda é o melhor remédio, então, as dicas de Estela Gouveia são: desde jovem as pessoas devem se cuidar, realizar caminhadas, comer frutas, verduras e fibras, evitar alimentação com gorduras saturadas e frituras, redução do consumo do sal. “Se você trabalha em um local com escada, faça mais o uso dela, com certeza pequenas atitudes serão melhores que precisar no futuro fazer uso de medicamentos”, sugere.
Os medicamentos disponíveis na rede são: Atenolol 25mg; Hidroclorotiazida 25 mg; Captopril 25 mg; Enalapril 10 mg; Enalapril 20mg; Furosemida 40mg; Losartana Potássica 50mg; Metildopa 250mg; Metildopa 500mg; Nifedipina 20mg; Propranolol 40mg; Verapamil 80mg.
Para conseguir o remédio basta apenas apresentar a receita médica de um profissional do Sistema Único de Saúde (SUS) ou um médico particular, no balcão da farmácia conveniada ou na rede própria do SUS. Um acordo firmado entre governo federal e a indústria farmacêutica permitiu que o acesso grátis aos medicamentos.
Antes do programa, os medicamentos tinham um custo equivalente a 10% do preço no varejo. Os 90% restantes eram custeados pela União. Os hipertensos e diabéticos têm à disposição 24 tipos de remédios, além de outros cinco medicamentos para doenças como asma, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma.
Economia
A aposentada Neide Silveira, 65 anos, descobriu há quatro anos que tinha hipertensão. Durante este período ela desembolsava cerca de R$ 100 para adquirir o remédio. Ela disse que ficou sabendo do programa através de uma reportagem que assistiu na televisão que poderia economizar.
A hipertensão é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. As graves consequências da pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos façam o tratamento com adequado controle da pressão.
De acordo com o Ministério da Saúde, houve uma queda no número de internações no SUS de pacientes com diabetes e com hipertensão depois que o governo passou a distribuir gratuitamente remédios para estas duas doenças através do programa ‘Saúde Não Tem Preço’.
Inimigo oculto
Ainda na adolescência, o empresário de 31 anos, Frederico Aguiar, descobriu que era hipertenso. Com uma rotina ativa jamais tinha percebido que sofria com a doença, pois nem o cansaço que tinha ao longo dos seus 16 anos, o alertou para a realização de exames de rotina. “Apesar de seu um jovem com certa obesidade nunca senti nada que me deixasse preocupado com alguma doença grave”.
O tempo foi passando, a idade foi chegando, mas nada de Frederico se preocupar com a doença que já fazia parte da sua vida. Mas o velho ditado ‘Não se brinca com saúde’ chegou. “Passando pelo centro da cidade resolvi aferir minha pressão em uma dessas enfermeiras cobram uma quantia simbólica a pessoas que se interessam em saber como vai a pressão. Não deu outra. Pressão estava alta e de imediato ela me orientou a procurar um médico”.

“Fui ao médico e realmente sofria de pressão alta. O susto foi grande, porém com a orientação do doutor fiquei mais tranquilo. Foi difícil me acostumar com a nova rotina, mas no momento atual vejo o quanto isso foi bom. Tomo meus remédios, faço minha atividade física e não me privo do que quero tenho desejo de fazer. O que apenas acontece é o meu rigoroso equilíbrio”.
Veja como pegar remédios para hipertensão:
- Procure farmácias e drogarias privadas credenciadas ou a rede de Farmácia Popular e apresente o CPF próprio, receita médica válida e documento com foto.
- A receita deverá ser prescrita por um médico, que pode ser particular ou do SUS. A validade das receitas varia da seguinte forma: anticoncepcionais valem um ano; demais medicamentos e fraldas geriátricas valem 120 dias.
- No caso de menores de idade, o CPF dos pais é aceito, até que ele providencie um próprio. Há um limite de remédios por CPF.
- A farmácia tira uma cópia da receita e a devolve ao paciente.
- A farmácia emite duas vias para a pessoa assinar. Uma delas fica com o cliente e a outra permanece com a farmácia.
- Para os analfabetos, será aceita a digital.

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