MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dermatologista alerta para cuidados com doenças de pele no frio


Psoríase é uma doença que não tem cura, mas pode ser tratada em casa.
Luz solar é aliada para os cuidados de quem sofre com a enfermidade.

Do G1 PR

Psoríase (Foto: Fabiane Brenner)Psoríase deixa lesões avermelhadas na pele
(Foto: Fabiane Brenner)
Com a chegada do outono, a temperatura começa a diminuir, assim como o sol também aparece menos, principalmente em dias nublados. Fora os problemas respiratórios que se agravam nesta época do ano, as doenças de pele ficam mais difíceis de administrar. A psoríase é um exemplo deste tipo de enfermidade.
A psoríase é uma doença de pele crônica, inflamatória, não contagiosa, que não evolui para o câncer. Ela se inicia por um componente genético que afeta de 1% a 3% da população mundial. Essas lesões avermelhadas que descamam a pele surgem principalmente no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. Ainda não existe cura para a doença, mas ela tem tratamento e a luz solar é uma grande aliada, garante a dermatologista Fabiane Brenner. “A pessoa deve pegar de cinco a dez minutos de sol três vezes por semana, os raios solares são anti-inflamatórios e ajudam a diminuir as lesões”.
Em períodos mais difíceis de tomar sol, como é o caso da chegada do outono-inverno, a solução é a fototerapia, feita em uma câmara que emite raios UVA e UVB similares ao raio solar. Outras precauções para combater a psoríase são simples e podem ser feitas em casa, garante a dermatologista. “É fundamental um banho rápido com água não muito quente e o sabonete com hidratante, ou à base de glicerina. O sabonete não deve ser passado muitas vezes, apenas o necessário”. Brenner indica que após o banho é a melhor hora para hidratação, que pode ser feita com hidratante comum,  que deve ser creme e não loção. A vaselina também pode ser utilizada.
Quando a pessoa não utiliza hidratante e não cuida da região lesionada, a pele tende ficar ressecada, o que dificulta o desaparecimento da lesão. De acordo com a dermatologista, a pessoa precisa ser paciente para ver um resultado. “A psoríase é uma doença que com tratamento levado a sério começa a ter resultado em seis semanas, mas que a melhora efetiva surge em seis meses”, explica.
Apesar de não ser contagiosa a psoríase é uma enfermidade que carrega preconceito de maneira geral. É o que diz o porteiro Carlos Bin, que sofre da doença há oito anos. “As pessoas ficam olhando, evitam ficar perto, além disso o pessoal do trabalho tira sarro, é difícil”, lamenta. O caso de Bin é do tipo grave, no qual apenas as precauções básicas não são suficientes. Ele precisa receber injeções quinzenais para tratar da doença que começou no joelho, foi para o cotovelo e nas nádegas.
Psoríase (Foto: Fabiane Brenner)Psoríase não é contagiosa e não evoluiu para
câncer(Foto: Fabiane Brenner)
"Quando me levanto da cama de manhã, parece que ficou uma farinha no lençol", conta o porteiro sobre a pele que se solta. Segundo Bin, a região da pele afetada não dói, mas coça bastante. O estresse é um fator determinante para que a doença continue a se alastrar, e segundo Brenner, quanto mais a pessoa se preocupa com a doença, mais demora para ela sumir da pele.
Ainda de acordo com a dermatologista, a Dermatite Atópica é parecida com a psoríase, e por isso as pessoas devem ter cuidado com o diagnóstico. “A Dermatite pode acontecer com quem tem asma, rinite. Diferente da psoríase, ela pega mais na dobra do joelho ou do cotovelo, mas só pega em quem é alérgico. Hidratar também é essencial, deve-se evitar esponja e buchas na hora do banho. O sol não é fundamental”.

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