MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 8 de abril de 2012

Dia do Braille sem muitos motivos para comemoração, em Manaus


Alunos precisam comprar livros em SP para acompanhar os estudos.
A biblioteca pública de Braille possui um acervo mais literário.

Mônica Dias Do G1 AM

Deficientes aprendem leitura em braile na região de Itapetininga, SP (Foto: Guilherme Martins/G1)Deficientes aprendem leitura em braile
(Foto: Guilherme Martins/G1)
O Dia Nacional do Braille é comemorado neste domingo (08), mas em Manaus quem utiliza o sistema não tem muito o que comemorar. Apesar de a capital possuir uma biblioteca pública só com acervos em Braille, faltam livros que auxiliem o sistema educacional.

A turismóloga Luzia Nara, por exemplo, sentiu falta de livros específicos na área de turismo para concluir sua monografia em 2010 na Universidade estadual do Amazonas (UEA). “Eu acho que ainda tem muito que ser feito, tem material em braile e em áudio, mas não tem muita variedade disponível. Tanto que eu não consegui aqui material pra fazer a minha monografia”.

Luzia afirma que não existem problemas apenas no cenário universitário, ela também aponta defeitos na educação fundamental. “O meu sobrinho, de 8 anos, estuda numa escola para deficientes visuais e mesmo lá encontra dificuldade em encontrar livros. A professora as vezes compra em São Paulo, ou nós pedimos pela internet”.

A reportagem do G1 procurou as assessorias das universidades públicas de Manaus, e descobriu que elas contam mais com o processo de alunos monitores do que com acervo didático em Braille.

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por exemplo, não possui livros com o sistema de escrita em seu acervo, mas seleciona alunos monitores que lêem os livros para os alunos com deficiência. A UEA também trabalha com alunos monitores, mas ainda oferece alguns livros e possui impressoras em Braille.

Acervo literário
Em Manaus, a biblioteca pública de braile do Amazonas, o Centro Pedagógico de Apoio a Pessoa com Deficiência Visual e a Escola Estadual Joanna Rodrigues Vieira oferecem material em Braille.

A biblioteca pública conta atualmente com 780 títulos, incluindo livros da literatura nacional, francesa, inglesa, portuguesa e material didático. Lá também existe uma equipe que passa materiais para Braille gratuitamente.

Em entrevista ao G1, Gilson Mauro de Oliveira, gerente da biblioteca braile do amazonas disse que o local faz o que pode para ajudar os clientes. “Nós passamos para braile apostilas de cursinho para quem pretende estudar para concurso, folders, matérias, etc. É um serviço gratuito que nos dá muito orgulho de poder oferecer”, disse Gilson.

A biblioteca funciona no bloco C do Sambódromo, de segunda a sexta, as 8h às 17h, e de acordo com Gilson, recebe a média de 140 clientes por mês.

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