MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Em ato, alunos pressionam GDF a negociar com professores em greve


Professores do Distrito Federal estão em greve desde o dia 12 de março.
Estudantes do Paranoá se reuniram com sindicato na semana passada.

Do G1 DF
Alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal fizeram na manhã desta segunda-feira (2) uma manifestação no Paranoá para pressionar o governo do DF a atender as reivindicações dos professores, que estão em greve desde o dia 12 de março. A manifestação, do Centro de Ensino Médio Nº 1, foi acertada com o sindicato dos professores (Sinpro).
“Tivemos uma reunião com o Sinpro na semana passada para mostrar como os alunos estão sendo prejudicados com a greve. Por isso decidimos unir forças para pressionar o governo, que precisa atender a pauta de reivindicações dos professores com urgência. Os estudantes não podem mais ficar sem aula”, disse a estudante Jaciane Pereira, coordenadora do movimento estudantil no Paranoná.
Os alunos fecharam uma das faixas da principal avenida da região atrás de um caminhão do sindicato dos professores. Eles fizeram um apitaço e gritaram palavras de ordem em defesa dos professores.
Estudantes de escola pública do DF realizaram um apitaço e gritaram palavras de ordem em defesa dos professores que estão em greve desde o dia 12 de março. (Foto: Reprodução/TV Globo)Estudantes de escola pública do DF realizaram um apitaço e gritaram palavras de ordem em defesa dos professores que estão em greve desde o dia 12 de março. (Foto: Reprodução/TV Globo)
O diretor de Relações Institucionais do Sinpro, Fernando Reis, afirma que o movimento estudantil fortalece o ato grevista. “A gente não faz o movimento grevista contando apenas com o apoio dos professores. É necessário que a comunidade se mobilize, uma vez que também está insatisfeita com o ensino público no DF. E os alunos sabem bem das dificuldades que enfrentamos diariamente”, disse Reis.
A categoria pede aumento salarial para 2013 e 2014. O Sinpro alega que o reajuste concedido em 2011, de 13,83%, equivale ao crescimento do repasse do Fundo Constitucional do DF.
Os professores também reivindicam a implantação do plano de saúde para os servidores e a convocação dos docentes aprovados em concurso, além da reestruturação do plano de carreira com isonomia salarial em relação aos demais cargos distritais de ensino superior.
O GDF alega não ter como reajustar salários sem ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo diz ainda ter reajustado o auxílio-alimentação em 55%, elevando o valor para R$ 307.
Um plano de reestruturação da carreira oferecido à categoria em outubro do ano passado teria sido rejeitado pelo sindicato, segundo o GDF, que afirma também ter convocado 400 professores concursados que aguardavam nomeação.
O DF tem 649 escolas públicas, onde estudam 540 mil alunos. O salário inicial de um professor na capital é de R$ 4.226,47 para 40 horas semanais de trabalho. Segundo o sindicato dos professores, a greve tem adesão de 70% da categoria. O GDF diz que 35% dos professores estão parados.
O Sinpro promete esforço para evitar que os alunos sejam prejudicados com o atraso no conteúdo. “Temos o compromisso de fazer reposição. Trabalharemos no sábado ou no recesso para fazer essa reposição com qualidade”, declarou a diretora do Sinpro, Rosilene Correa.
Nesta terça-feira (3), os professores fazem nova assembleia para decidir se mantêm a greve. A Secretaria de Planejamento reafirmou na última quinta-feira (29) que os professores que estão fora de sala de aula terão desconto na folha de pagamento de todos os dias parados. O corte só será feito a partir de maio.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o governo mantém a decisão de não oferecer ajuste salarial, mas não pretende entrar na Justiça contra a manutenção da greve.

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