MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Feira de Caxixis movimenta a cidade Nazaré até domingo


Cristina Santos Pita
Mais antigo evento ceramista da América Latina e uma das maiores feiras de artesanato  baiano, a tradicional Feira de Caxixis, durante a Semana Santa, no município de Nazaré (a 216 km de Salvador), segue até domingo (8). O evento reúne, em um único espaço ao ar livre, 220 oleiros de Maragojipinho – distrito de Aratuípe, onde se concentram centenas de olarias – e atrai dezenas de turistas de todo o Estado e visitantes da região durante quatro dias.
Miniaturas de utensílios domésticos – como panela, frigideira e pote de água, assim como os tradicionais porta-moedas feitos com barro, como os porquinhos –, os caxixis são apenas alguns dos objetos que fazem sucesso na feira, principalmente entre as crianças. Assim como os produtos, os preços são variados. O visitante encontra peças que custam de R$ 0,50 a R$ 300, que são as maiores, como purrões, burrinhos e potes. Já as imagens sacras não saem por menos de R$ 5 mil.
Entre os objetos mais procurados pelos visitantes estão os decorativos e utilitários. A dona de casa Eliana Moraes, de Salvador,  já virou cliente de alguns oleiros. “Gosto de artesanato, e as peças que eles fazem são bem trabalhadas. Valorizo a arte deles, que fabricam o ano todo nas olarias e só têm as feiras, como esta, e São Joaquim para comercializá-la”, opinou.

Infraestrutura desagrada  - De acordo com o presidente da Associação de Auxílio Mútuo dos Oleiros de Maragojipinho (Amom), Denival  de Souza, apesar da ajuda da Prefeitura de Nazaré aos oleiros, desde o ano passado eles enfrentam problemas como o transporte insuficiente e dificuldade de alimentação.

“Somos 200 expositores e um ajudante para cada, totalizando 440 pessoas, que são transportadas em apenas dois ônibus. Além disso, recebemos vales para comprar ingredientes e prepararmos a própria comida, mas... em que local? Muitos trazem a marmita de casa”, reclama. Denival disse ainda que “o vale-refeição é de R$ 60 para os quatro dias. Dividido entre o oleiro e o ajudante, ou seja, R$ 30 para cada um”, disse.

Segundo dados da associação, há cerca de 117 oleiros e artesãos em Maragojipinho. Reno Morais, secretário de Cultura de Nazaré, afirma que tudo foi organizado com os oleiros. “Atendemos aos pedidos que fizeram. A associação disse que dois ônibus eram suficientes. Sobre a alimentação, eles aceitaram receber o vale para comprar o que quisessem”, garante.

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