MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 8 de abril de 2012

Interior de Goiás se destaca com polo de lingerie


Empresas faturam quase R$ 25 milhões por ano.
Produção chega a 250 mil conjuntos de peças íntimas por mês.

Do PEGN TV
O interior de Goiás se destaca na fabricação de moda íntima. Com produtos de qualidade e preços atraentes, as empresas do polo de lingerie faturam quase R$ 25 milhões por ano.
Taquaral, a 90 quilômetros de Goiânia, tem uma rua inteira só com lojas de lingerie, uma do lado da outra. O comércio é todo setorizado. A produção de roupas íntimas foi a aposta que deu certo nesta cidade de 4 mil habitantes.
Renato Vilas Boas é um dos fabricantes de lingerie na cidade. Ele investiu quase R$ 40 mil em máquinas e matéria-prima. Para expandir o negócio, participou do programa Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Com o apoio e a orientação que recebeu, a empresa ganhou fôlego e cresceu.
“Naquela época, a gente copiava, a gente não entendia nada do que praticamente a gente faz hoje. Então, só depois do apoio do Sebrae dando diversos cursos, viagens técnicas, consultorias, fomos adquirindo a experiência que nós temos hoje”, explica Vilas Boas.
O programa Sebrae Mais oferece diversas soluções para empresas que buscam a evolução nos negócios. A empresa deve ter mais de dois anos de funcionamento e mais de nove funcionários.
Com os cursos, as imitações acabaram na empresa de Vilas Boas. Agora, os desenhos de todas as peças são criados na própria fábrica. “Minha esposa é hoje responsável pela criação, e isso também foi através de um minicurso do Sebrae de design.”
Para resolver o problema da falta de mão de obra na cidade, empresários criaram uma central de confecção. Agora, moradores são treinados e capacitados para trabalhar no setor. “Nós temos um déficit de mão de obra especializada e isso impede que a gente aumente a produção. Através do Sebrae, a gente já vem fazendo consultorias e encontrando meios para que Taquaral possa expandir sua produção através de mudanças tecnológicas”, diz Juliana Rosa Vilas Boas, da Central de Confecção de Taquaral.
O polo de lingerie de Goiás inclui, além de Taquaral, outras quatro cidades: Itaguari, Itauçu, Itaberaí e Santa Rosa.
Hoje, a região reúne cerca de 200 indústrias de lingerie. A produção chega a 250 mil conjuntos de peças íntimas por mês. E o faturamento é de quase R$ 25 milhões por ano.
“A partir do desenvolvimento do polo de confecção de moda íntima, clientes vêm para esse polo, o que termina ajudando na economia do município através da procura de hotéis, pousadas, através da alimentação fora do lar, buscando se alimentar, visitando as indústrias do polo e adquirir outras coisas que o município oferece”, diz Tânia Aparecida da Silva, do Sebrae de Goiás.
Também em Taquaral, o casal Wattson e Danúbia de Souza já tinha experiência em confecção. Os dois investiram R$ 14 mil para montar uma empresa nos fundos da casa, mas perderam quase tudo. A situação só mudou quando começaram a participar do programa Sebrae Mais.
“A consequência disso é o que vocês estão vendo, um crescimento. A gente sempre procurando inovar, tanto na área de produção, na introdução de tecnologias dentro do que a gente pode, para fazer o máximo”, diz Wattson.
Vinte funcionários produzem cerca de 8 mil peças por mês. Danúbia cuida de todos os detalhes de corte e costura. “Ensinar como é o processo, mexer na máquina, erguer o pé, a gente vai ensinar. Depois disso, a gente dá um tecido para a pessoa costurar e com aquela costura a gente sabe se a pessoa vai ser boa ou não”, relata.
Todas as peças em exposição no show room da empresa são de fabricação própria, ricas em detalhes e cores. Os produtos são vendidos para outras localidades, como Rondônia, Mato Grosso, Brasília e Espírito Santo. A empresa fechou uma parceria com uma loja de São Paulo. E 80% de todos os produtos que forem fabricados até o fim do ano já estão vendidos.
A movimentação gera novos empregos. Nas cidades que formam o polo da moda íntima de Goiás, o crescimento dos negócios é maior do que a quantidade de gente para trabalhar.

“Profissionais na área de confecção que quiserem se empregar, mesmo num município pequeno como Taquaral, de 4 mil habitantes, há vaga. Isso porque o polo está oferecendo pelo menos 100 vagas para essas indústrias, que fazem realmente o desenvolvimento do município através de emprego e renda”, diz Tânia, do Sebrae.

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