MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Metaleiros erguem camping improvisado no aeroporto de São Luís


Muita gente teve que armar barracas, por não poder voltar antes para casa.
Público do Metal Open Air quer saber para onde foi o dinheiro do evento.

Igor Almeida Do G1 MA

Metaleiros tentaram antecipar passagens de volta sem sucesso (Foto: Igor Almeida)Metaleiros tentaram antecipar passagens de volta
sem sucesso (Foto: Igor Almeida)
Com o cancelamento oficial do Metal Open Air neste domingo (22), grande parte do público resolveu antecipar a volta para casa. Mas como não havia mais vagas em alguns voos e, com preços muito altos, e, além disso, sem ter para onde ir, alguns metaleiros resolveram acampar em frente ao aeroporto de São Luís.
Marcello Vieira, do Rio de Janeiro, está com passagem aérea marcada somente para terça-feira (24). O comerciante foi uma das pessoas furtadas durante o Metal Open Air. “Vou conseguir embarcar só porque estou com um boletim de ocorrência. Mas não tenho dinheiro para pagar hotel ou pousada. O jeito vai ser ficar por aqui mesmo até o dia da viagem”, argumentou.

O estudante Marcos Ranieri, que veio de Alagoas, também não escondeu a indignação. “Eu estou traumatizado e decepcionado. Vão sempre associar a imagem negativa do evento por ter sido realizado aqui no Nordeste”, disse o alagoano.
Outra nordestina revoltada com a situação era a cearense Luciana dos Santos. “Vou levar a imagem de uma cidade decadente que não tem infraestrutura nenhuma pra receber um evento desse porte. A gente só queria saber pra onde foi esse dinheiro todo que pagamos”, afirmou a promotora de empréstimos.
Sem ter para onde ir, o público do MOA resolveu acampar em frente ao aeroporto até a volta para casa (Foto: Igor Almeida)Sem ter para onde ir, o público do MOA resolveu acampar em frente ao aeroporto até a volta para casa
(Foto: Igor Almeida)
Receptividade dos maranhenses
O paulista Uli Oreggia aguardava também no aeroporto a chegada de mais amigos que estavam saindo do Parque Independência. Mesmo admitindo que o festival tenha sido frustrante em todos os aspectos, o programador de sistemas fez questão de ressaltar a boa receptividade dos maranhenses.
“Fomos muito bem recebidos pelo povo aqui de São Luís, que em nada tem a ver com o fracasso do MOA. O que faltou foi organização. O meu otimismo faz acreditar que o Maranhão vai melhorar depois disso”, afirmou Oreggia, que ainda vai permanecer em São Luís até esta segunda-feira (23), dividindo um quarto de pousada com um amigo.
Providências dos metaleiros
Os advogados Diego Cordeiro e Daniel Máximo, de Belo Horizonte, MG, que também participaram do festival, disseram ao G1 que, juntos, irão produzir uma petição e encaminhar aos demais metaleiros para futuras ações na Justiça.
“Estamos com os contatos de boa parte do pessoal e iremos sim, procurar os nossos direitos. Vamos fazer essa petição e encaminhar para que todo mundo possa se sentir respeitado”, finalizaram os mineiros.

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