MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 19 de abril de 2012

MP questiona legalidade da greve dos professores da rede pública do DF


Parada desde 12 de março, categoria afirma que ainda não foi notificada.
MP alega que educação é direito fundamental “de extrema essencialidade”.

Do G1 DF
O Ministério Público do Distrito Federal entrou na terça-feira (17) com uma ação declaratória de ilegalidade contra a greve dos professores da rede pública de ensino, paralisados desde 12 de março.
O MP alega que a educação é um direito fundamental “de extrema essencialidade” e que prevalece sobre o direito de greve dos docentes.
A ação foi divulgada nesta quinta-feira (19) e estabelece multa diária de R$ 50 mil para o Sindicato dos Professores (Sinpro) caso a greve seja mantida. O pedido de liminar está sob a análise do desembargador José Divino, da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT).
O diretor jurídico do sindicato, Washington Dourado, afirmou que a entidade ainda não foi notificada, mas classificou a ação como “equivocada”.
“O MP está completamente enganado e agindo de forma equivocada porque a greve está acontecendo porque GDF descumpriu um documento assinado pelo próprio governo. Para ser justo, o MP deveria entrar com uma ação para obrigar o GDF a cumprir o acordo que assinou", disse Dourado.
No texto, a Promotoria de Defesa da Educação afirma que a paralisação é abusiva também porque desrespeita as normas estabelecidas na Lei das Greves.
A rede pública de ensino oferece merenda e almoço, sendo comum que alunos de famílias de baixa renda contem com a refeição para o seu regular desenvolvimento. Frise-se que em alguma situações mais críticas em famílias inseridas na linha da pobreza a refeição realizada pelo aluno muitas vezes é a única por dia"
Ação do MPDF contra greve dos professores
da rede pública de ensinor
“O MPDFT pede que seja reconhecida a abusividade do movimento diante do não cumprimento das normas estabelecidas na lei 7783/89, que deveria assegurar o percentual mínimo e a pacificidade do movimento. Há notícias de violência no Centro de Ensino Médio Setor Oeste, onde manifestantes interromperam as aulas”, diz a ação.
Dourado afirma que o mínimo estabelecido pela lei está sendo respeitado. "Nós acreditamos que 65% da categoria aderiu ao movimento grevista, o governo fala em 40%. Além disso, nossa greve cumpriu todos os pré requisitos legais: fizemos uma campanha de 113 dias de aviso, publicizamos a greve na socieade e informamos com 72 horas antes do início efetivo do movimento”, afirmou.
A corte ministerial diz ainda que as escolas públicas fornecem alimentação para crianças de baixa renda, serviço que fica comprometido com a greve.
“A rede pública de ensino oferece merenda e almoço, sendo comum que alunos de famílias de baixa renda contem com a refeição para o seu regular desenvolvimento. Frise-se que em alguma situações mais críticas em famílias inseridas na linha da pobreza a refeição realizada pelo aluno muitas vezes é a única por dia”, destaca a ação.
As assembleias dos professores também são questionadas pelo MP, que afirma que os encontros tumultuam o trânsito no Eixo Monumental. “Os integrantes do movimento também ocasionaram tumulto na abertura primeira Bienal do Livro, danificaram o Museu Nacional, demonstraram mais uma vez que o movimento não é pacífico.
Na manhã desta quinta, os professores decidiram em assembleia realizada em frente ao Palácio do Buriti rejeitar a proposta de negociação apresentada pelo governo do DF por considerá-la insuficiente.
A proposta do GDF, apresentada em reunião na noite desta quarta-feira (18), inclui o pagamento do auxilio-saúde no valor de R$ 110 para todos os professores a partir de junho de 2012; o pagamento de valores devidos de exercícios anteriores até o limite de R$ 5 mil, de forma integral, em dezembro de 2012, o restante seria escalonada em 2013 e 2014; a conclusão da discussão da proposta de reestruturação do plano de carreia e seus impactos financeiros.

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