MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 4 de abril de 2012

MP suspende atendimento em três unidades de saúde em Sapé, PB


Além da ausência de médicos, instalações precárias foram notadas.
Cinco unidades foram inspecionadas e todas apresentaram problemas.

Do G1 PB

MP suspende atendimento em três unidades de saúde em Sapé (Foto: Divulgação/MPPB)Além da falta de médicos, a falta de infraestrutura
também foi identificada (Foto: Divulgação/MPPB)
Cinco unidades de saúde foram inspecionadas na terça-feira (3) pelo Ministério Público na cidade de Sapé e várias irregularidades foram constatadas, como a ausência de médicos. O Centro de Apoio Operacional às Promotorias (Caop) e a Promotoria de Justiça de Sapé foram as responsáveis pela inspeção.
As Unidades Básicas da Saúde da Família (UBSF) do Portal II, do Castro Pinto e da Usina Santa Helena, o Hospital Municipal Sá Andrade e o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) foram os locais visitados e em todos foram encontrados problemas. Além da ausência de médicos, problemas como falta de capacitação de profissionais, instalações precárias e falta de medicamentos e equipamentos também foram notadas.
Em três locais as condições estavam tão ruins que foram os atendimentos foram suspensos. É o caso da UBSF da Usina Santa Helena, do Caps e do Hospital Sá Andrade. Na UBSF da Usina Santa Helena, não foram encontrados médicos, cirurgião dentista ou enfermeira. Além de medicamentos vencidos, falta de água tratada e cupins no teto do lugar.
Com isso, a Vigilância Sanitária e os Conselhos Regionais de Medicina e de Enfermagem interditaram a unidade, tendo as atividades dos profissionais suspensas até que a Secretaria de Saúde do município forneça condições dignas de atendimento à população e de trabalho.
Já no Caps, a promotora coordenadora do Caop da Saúde, Adriana Amorim, disse que “não há local específico para terapias, não há leitos para desintoxicação, inexiste separação de ambientes por sexo, as oficinas são poucas e inexistem materiais de urgência, dentre outras falhas que comprometem totalmente o funcionamento do lugar e a resolutividade do tratamento”.
A última visita foi feita no Hospital Sá Andrade, que possuía uma sala de espera lotada e sem classificação de risco. A inspeção constatou um grande número de pessoas aguardando atendimento que deveria ser feito nas Unidades de Saúde de Família. A avaliação da promotora foi que a procura por atendimento no hospital estava alta, e isso se dava por causa da inexistência de médicos nas unidades próximas.
“O que se verifica é que as pessoas não conseguem atendimento nas unidades básicas de saúde e acabam por dirigir-se às unidades hospitalares, pois saúde não pode esperar. No final, gera-se um inchaço nos hospitais, que deveriam estar voltados para os atendimentos de média e alta complexidade”, disse a promotora Juliana Couto Ramos.
Segundo ela, o resultado são filas, ansiedade e até o agravamento daqueles casos realmente urgentes. “Um prejuízo para todos, usuários e profissionais”, finalizou Juliana Ramos, que vai notificar a Secretaria de Saúde de Sapé, para que sejam feito esforços buscando sanar as irregularidades dentro de uma semana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário