Promotores querem saber se não deveria ter sido feita nova concorrência.
CCR Ponte adquiriu 80% do capital social da empresa por R$ 72 milhões.
A promotora Gláucia Santana informou que vai pedir, nos próximos dias, todos os documentos referentes ao negócio. Ainda de acordo com a promotora, corre na Justiça uma ação civil pública pedindo a cassação da concessão da Barcas.
Para a promotora, o recente negócio com a CCR não prejudica a ação, porque os antigos donos, apesar de não serem mais sócios majoritários da Barcas S.A., ainda mantêm participação na empresa.
Embarcações alugadas
Na quinta-feira (5), o diretor-presidente da CCR Ponte, Márcio Roberto de Morais Silva, disse que vai alugar novas embarcações para resolver o problema de superlotação e de demora entre as viagens nas barcas, que fazem o transporte de passageiros entre Rio de Janeiro e Niterói. Ao todo, serão alugadas duas novas barcas. A CCR Ponte fechou acordo para a aquisição de 80% do capital social da Barcas S.A por um valor de R$ 72 milhões, sujeito a ajustes.
“Nós estamos, agora, mandando uma equipe para fora do Brasil para verificar que tipo de embarcação nos atende e que esteja disponível no mercado”, afirmou Morais Silva. A equipe vai pesquisar novas barcas em Hong Kong e Cingapura. “Vamos alugar embarcações”, acrescentou ele, ressaltando que é possível concluir o aluguel e colocar as novas barcas em operação no prazo de 120 dias firmado na época do último reajuste das tarifas, no começo de março. Além disso, o governo do estado já havia anunciado que vai comprar nove barcas novas.
Morais Silva afirmou que é preciso “vencer uma série de barreiras” neste primeiro momento da administração das Barcas S.A.. “Conseguir as barcas lá fora é um desafio importante. Conseguir a aprovação do projeto junto ao poder concedente e junto da agência reguladora para que se façam as obras onde existem as estações, hoje, também é um desafio que nós vamos ter que trabalhar juntos, a seis mãos, para resolver”, enfatizou.
‘A superlotação vai acabar’, diz diretor
De acordo com o presidente da CCR Ponte, existem dois problemas fundamentais que precisam ser “atacados” imediatamente. “O primeiro é a quantidade de barcas, principalmente no horário do rush. Em segundo lugar, vamos aumentar a área onde, hoje, existem as estações. É preciso dar conforto para os usuários enquanto ele aguarda entre uma viagem e outra”, ressaltou. Entretanto, Morais Silva preferiu não estipular um prazo para a solução dos problemas que afligem os usuários das barcas. “Se falar em tempo, agora, talvez esteja incorrendo em um erro”, disse.
“Quando a gente fala em aumentar o número de barcas, naturalmente vai diminuir o tempo de travessia. Precisa de mais barcas para que esse tempo fique menor e que fiquem menos pessoas aguardando nas estações”, explicou Morais e Silva. “A superlotação precisa acabar, e vai acabar”, finalizou.
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