Produtor rural que optou pela parceria vê, pelo menos, duas vantagens.
Produtividade é maior e preço do produto colhido no campo também.
O agricultor sempre entregou a produção para a Ceasa, em São Paulo, mas há três anos fez uma parceria com uma agroindústria da região.
Saia caro levar as hortaliças até a capital. Ele tinha que comprar caixas de madeira para o transporte, cada uma no valor de R$ 2. Para levar a carga até São Paulo, o caminhoneiro cobra mais R$ 1,50 cada caixa, fora as comissões que são cobradas na Central de Abastecimento. O preço pago ao produtor pela caixa com 24 pés de alface não passa de R$ 4.
Na agroindústria de Ibiúna é diferente. A caixa de plástico é emprestada para o agricultor, que não paga nada. Como o barracão fica na área rural, perto dos sítios, o gasto com diesel para entregar a produção também cai bastante e o mais importante: a agroindústria paga pela caixa com 24 pés de alface, R$ 6.
Outro benefício que os 150 produtores integrados têm é a visita, de graça, de um agrônomo, o que fez a produção aumentar.
Quando o agricultor Hélio Moreira arrendou a área, há três anos, a terra já estava bem cansada e a produtividade vinha despencando ano após ano. “Fizemos correção com calcário e tratamento biológico. Hoje a produção está bastante satisfatória e tivemos a visão de que não conseguimos trabalhar sozinhos, precisamos da parceria com o agrônomo”, conta.
É por todos estes atrativos que os agricultores estão contentes. A plantação de Francisco foi crescendo tanto que só o trabalho da família não deu conta. Cinco funcionários agora ajudam na colheita.
O trabalho começa no campo, na hora da colheita. 56 funcionários lavam, separam e embalam os produtos que serão vendidos na capital paulista.
Além de alface, tem rabanete, acelga, 28 produtos diferentes, tudo higienizado e depois embalado em saquinhos biodegradáveis.Todos os dias saem mais de 3 mil caixas direto para São Paulo, onde a empresa tem 120 pontos de venda em diversos supermercados.
Luiz Sheitoko era feirante na capital e depois que se mudou para Ibiúna, começou com uma hortinha e quando percebeu a potencialidade da região, criou a agroindústria há três anos.
Para manter a fidelidade dos parceiros, a agroindústria fez um acordo: mesmo que as condições climáticas sejam desfavoráveis, o preço pago pela mercadoria entregue pelo agricultor é mantido. “Eu tento segurar o preço, não deixo oscilar muito. Então quando cai bastante, o meu preço não abaixa, eu mantenho o que foi combinado. Sem os parceiros eu não teria como tocar meu negócio”.
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