MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 24 de abril de 2012

Parceria de produtores de hortaliça com agroindústria é sucesso em SP


Produtor rural que optou pela parceria vê, pelo menos, duas vantagens.
Produtividade é maior e preço do produto colhido no campo também.

Do Globo Rural

Francisco Vieira Pinto tem um sítio em Ibiúna, sudeste do estado de São Paulo, onde os canteiros de alface estão verdinhos.
O agricultor sempre entregou a produção para a Ceasa, em São Paulo, mas há três anos fez uma parceria com uma agroindústria da região.
Saia caro levar as hortaliças até a capital. Ele tinha que comprar caixas de madeira para o transporte, cada uma no valor de R$ 2. Para levar a carga até São Paulo, o caminhoneiro cobra mais R$ 1,50 cada caixa, fora as comissões que são cobradas na Central de Abastecimento. O preço pago ao produtor pela caixa com 24 pés de alface não passa de R$ 4.
Na agroindústria de Ibiúna é diferente. A caixa de plástico é emprestada para o agricultor, que não paga nada. Como o barracão fica na área rural, perto dos sítios, o gasto com diesel para entregar a produção também cai bastante e o mais importante: a agroindústria paga pela caixa com 24 pés de alface, R$ 6.
Outro benefício que os 150 produtores integrados têm é a visita, de graça, de um agrônomo, o que fez a produção aumentar.
Quando o agricultor Hélio Moreira arrendou a área, há três anos, a terra já estava bem cansada e a produtividade vinha despencando ano após ano. “Fizemos correção com calcário e tratamento biológico. Hoje a produção está bastante satisfatória e tivemos a visão de que não conseguimos trabalhar sozinhos, precisamos da parceria com o agrônomo”, conta.
É por todos estes atrativos que os agricultores estão contentes. A plantação de Francisco foi crescendo tanto que só o trabalho da família não deu conta. Cinco funcionários agora ajudam na colheita.
O trabalho começa no campo, na hora da colheita. 56 funcionários lavam, separam e embalam os produtos que serão vendidos na capital paulista.
Além de alface, tem rabanete, acelga, 28 produtos diferentes, tudo higienizado e depois embalado em saquinhos biodegradáveis.Todos os dias saem mais de 3 mil caixas direto para São Paulo, onde a empresa tem 120 pontos de venda em diversos supermercados.
Luiz Sheitoko era feirante na capital e depois que se mudou para Ibiúna, começou com uma hortinha e quando percebeu a potencialidade da região, criou a agroindústria há três anos.
Para manter a fidelidade dos parceiros, a agroindústria fez um acordo: mesmo que as condições climáticas sejam desfavoráveis, o preço pago pela mercadoria entregue pelo agricultor é mantido. “Eu tento segurar o preço, não deixo oscilar muito. Então quando cai bastante, o meu preço não abaixa, eu mantenho o que foi combinado. Sem os parceiros eu não teria como tocar meu negócio”.

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