MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Péssimas condições das estradas atrasam colheita da soja no MA


Agricultores do Maranhão enfrentam dificuldade para escoar a safra.
Muitas vezes, é preciso tirar dinheiro do bolso para garantir o transporte.

Do Globo Rural

A colheita da soja na Serra do Penitente, em Tasso Fragoso, extremo sul do Maranhão, está com pelo menos um mês de atraso.
A região concentra as maiores plantações de soja do cerrado maranhense, mas a precariedade das estradas está impedindo o transporte dos grãos.
Uma estada vicinal, cheia de poeira e buracos, é o único caminho entre as fazendas que ficam no alto da serra e a MA-140, onde ficam os armazéns. Por lá, devem passar este ano 500 mil toneladas, 1/3 da produção maranhense de soja.
Os caminhões demoram em média quatro, cinco horas em um trecho de 100 quilômetros entre as fazendas e o asfalto. Muitos não conseguem terminar a viagem e ficam tombados à beira da estrada.
O gasto com transporte representa 35% dos custos de produção na Serra do Penitente e o agricultor depende da solidariedade dos vizinhos na hora de negociar a produção.
Para diminuir as perdas nas lavouras, os fazendeiros tiveram que fazer um rateio para recuperar a estrada.
Quem plantou soja às margens da BR- 324 também teve que tirar dinheiro do bolso para recuperar uma rodovia federal.
No trecho entre Balsas e Ribeiro Gonçalves, no Piauí, a rodovia nunca foi asfaltada e o motorista precisa pisar fundo no freio para descer as ladeiras.
Caminhões carregados com soja ainda têm que passar em pontes de madeira.
A região sul do Maranhão está produzindo este ano 1,7 milhão de toneladas de soja, 9% a mais que no ano passado. Noventa por cento da produção é destinada à exportação.
A falta de estradas deixa o produtor em desvantagem na hora de vender a safra no mercado internacional. “Essa falta de asfalto encarece muito a produção. A gente ajuda a conservar, mas na época da chuva e do fluxo enorme de caminhões, ela fica toda esburacada e o preço do frete sobe imensamente”, reclama Cyro Ribas Taques, agricultor.
A superintendência do Dnit no Maranhão informa que ainda não há data prevista para as obras na BR-324.

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