MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Professores do DF decidem manter greve por tempo indeterminado


Categoria pede reestruturação salarial; greve completa 33 dias.
GDF diz não haver previsão de aumento e que vai cortar ponto de grevistas.

Do G1 DF
Os professores do Distrito Federal decidiram manter por tempo indeterminado a greve iniciada no dia 12 de março durante assembleia realizada no fim da manhã desta sexta-feira (13) no estacionamento do Teatro Nacional.

A diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa informou que a categoria não aceitou a proposta feita pelo governo do Distrito Federal na noite desta quinta (12), por isso foi votado a permanência da greve.
"Não teve proposta de reajuste, ponto principal da nossa reivindicação. Também não foi oferecida equiparação salarial e nem foi cogitado aumento para os próximos", disse.
O GDF ofereceu para categoria a incorporação integral da gratificação denominada TIDEM em 6 etapas anuais a partir do terceiro quadrimestre de 2013, ou seja, de setembro de 2013 até 2018.
Professores do DF decidem em assembleia manter greve por tempo indeterminado (Foto: Maiara Dornelles / G1)Professores do DF fazem caminhada até o Palácio do Buriti após decidirem em assembleia manter greve por tempo indeterminado (Foto: Maiara Dornelles / G1)
Após a votação, por volta das 11h50, os professores fecharam o Eixo Monumental no sentido Esplanada/ Memorial JK. Os manifestantes realizaram uma caminhada até o Palácio do Burito. Um longo congestionamento se formou na Esplanada dos Ministérios. Policiais militares acompanham o protesto para evitar tumulto.
A greve dos professores da rede pública do Distrito Federal completa 33 dias nesta sexta (13) sem qualquer avanço nas negociações entre governo e docentes. De acordo com estimativas do Sindicato dos Professores (Sinpro), 70% da categoria está parada.
A Secretaria de Educação estima que 40% dos profissionais não estejam dando aula. Ao todo, o DF tem cerca de 540 mil alunos em 649 escolas.
O GDF declarou que não pretende entrar na Justiça contra a greve, mas promete cortar o a folha de pagamento dos docentes que aderiram ao movimento. Nesta segunda-feira (9), governo e sindicato se reuniram para discutir a pauta de reivindicação dos docentes, mas o encontro terminou sem acordo.

Segundo o secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, o reajuste salarial para qualquer categoria éestá descartado por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. "Não vamos colocar o governo na ilegalidade e superar os limites permitidos por lei", afirmou Lacerda.
Uma nova assembleia foi marcada para a próxima terça-feira (17) para decidir o andamento do movimento grevista.
Vigília
Os professores da rede pública de ensino do DF estão acampados desde a última quarta-feira (11) na frente do Palácio do Buriti. A categoria quer fazer pressão para que o governo do Distrito Federal apresente uma proposta às reivindicações da categoria.
Os professores pedem reestruturação do plano de carreira com isonomia salarial em relação aos demais cargos de nível superior do GDF e reajuste gradual até 2014. Eles também reivindicam a implantação do plano de saúde e contratação dos profissionais aprovados no último concurso da Secretaria de Educação.

O GDF diz ter reajustado o auxílio-alimentação em 55%, elevando o valor para R$ 307. No DF, um professor apenas com graduação tem remuneração inicial de R$ 3.069,08 por 40 horas semanais, somado o salário-base a gratificações.

Se estiver no regime de dedicação exclusiva, o salário inicial, com as gratificações, é de R$ 4.226,47. Se o professor tiver mestrado, a remuneração sobe para R$ 3.572,60 (R$ 4.923,65 em dedicação exclusiva). Com doutorado, o professor ganha R$ 3.732,27 de salário inicial (R$ 5.144,73 em dedicação exclusiva). Os dados se referem ao início de carreira.

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