MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Proibição de registro de veículos no interior de Goiás causa polêmica


Por decisão judicial, contrato de financiamento só pode ser feito em Goiânia.
Donos de concessionárias e dos demais cartórios reclamam de prejuízos.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

A pedido da Associação dos Notários e Registradores do Estado de Goiás (Anoreg-GO), os cartórios das cidades do interior do estado estão impedidos de registrar contratos de financiamento de veículos. Com decisão da Justiça, desde o ano passado o procedimento está sendo realizado somente em um cartório de Goiânia. As concessionárias reclamam que a mudança tem causado prejuízos na comercialização dos carros e que os clientes estão insatisfeitos.
“Quem comprou um carro quer pegá-lo rapidamente e, por isso, eles [clientes] esperam insatisfeitos. Já teve caso em que clientes tentaram desistir do negócio”, relata o gerente de uma concessionária de Rio Verde, Magno Reis. Na loja em que ele trabalha os clientes chegam a esperar dez dias para pegar o veículo adquirido.
Além de trazer perdas aos vendedores empresários, a medida causa insatisfação entre os donos de cartórios. “Em todo estado nós fomos proibidos de realizar esse tipo de contrato. Isso está trazendo prejuízos a todos que compram um carro no interior”, acredita o tabelião registrador José Ferreira de Paiva.
Segundo o tabelião substituto de Anápolis, Frederico Junqueira, o prejuízo também atinge os donos de veículos, que precisam gastar mais com o processo de emplacamento. “Para fazer isso em Goiânia, o adquirente do veículo terá de pagar um despachante, onde está sendo cobrada uma taxa 10% superior ao valor das tabelas nas cidades do interior”, explica.

Já em Catalão, na região sudeste de Goiás, a transferência do serviço para a capital causou mudanças no cartório que prestava o serviço no município. “Nós montamos uma estrutura para atender cerca de 400 procedimentos por mês, porém, a proibição dos registros de veículos foi feita do dia para a noite. Com isso, tivemos que despedir alguns funcionários da empresa”, afirma o oficial substituto Luiz Gustavo Rosa Sampaio.
A estudante Kelly Divina de Souza, que mora no interior de Goiás, não ficou contente quando soube que precisaria viajar cerca de 270 km para registrar o documento. “Isso é um absurdo. Não justifica esse procedimento ser realizado em Goiânia sendo que existe cartório e Detran em Catalão”, declara.
Avaliação
Cerca de 20 cartórios de diferentes municípios goianos devem entrar na Justiça com uma ação coletiva contra a medida determinada no ano passado. Segundo o juiz Ari Ferreira, responsável pela decisão, o processo será reavaliado e, consequentemente, será divulgada uma nova determinação.

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