MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Recife sedia encontro que vai gerar recomendações para Rio+20 e COP18


'Pernambuco no Clima' é reunião preparatória para a Rio Climate Challenge.
Cientistas brasileiros e estrangeiros debatem desenvolvimento sustentável.

Luna Markman Do G1 PE

Luiz Pinguelli Rosa (Foto: Luna Markman / G1)Debate sobre clima vai ficar esmaecido no Rio+20,
acredita Pinguelli Rosa (Foto: Luna Markman / G1)
Começou nesta sexta-feira (13), no Recife, a reuinão preparatória do Rio/Clima - Rio Climate Challenge, evento que, entre outros temas, vai debater um novo sistema métrico para calcular a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Durante três dias, representantes de estado e especialistas em clima vão estabelecer, no "Pernambuco no Clima", a metodologia e a agenda de trabalho do evento que vai ocorrer no Rio de Janeiro, entre os dias 14 e 17 de junho.
Na capital carioca, também será simulado um novo modelo de negociação para acordos climáticos internacionais. Para isso, eles também estão definindo agora o escopo e as regras de funcionamento dessa iniciativa, que vai gerar recomendações para o Rio+20 e COP18, ambos eventos da Organização das Nações Unidas (ONU), a serem realizados em junho, no Rio de Janeiro, e dezembro, no Qatar, respectivamente, além de outros fóruns.
"Estamos nos preparando para, no Rio de Janeiro, chegarmos a um modelo bem sucedido de solução para negociar sobre o clima, de forma que a gente mobilize a opinião pública internacional e sensibilize governos, pois o sistema de negociação da ONU é muito burocrático", explicou o presidente da comissão, o deputado Alfredo Sirks. No Recife, participam representantes de oito países, incluíndo o Brasil. Para o Rio Clima, 19 nações foram convidadas.
O Rio Clima chega para atender a uma preocupação comum entre os participantes em relação ao Rio+20. "O evento vai falar de temas importantes, como desenvolvimento sustentável e economia verde, mas o debate sobre mudanças climáticas vai ficar meio esmaecido na programação, além do que estamos, com isso, tentando encontrar algumas soluções que não foram vislumbradas em convenções realizadas até agora", disse o secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa.
Pernambuco no Clima (Foto: Luna Markman / G1)"Pernambuco no Clima" vai até domingo, no Recife
(Foto: Luna Markman / G1)
Outro denominador comum é a distância entre os compromissos assumidos em acordos da ONU e mínimo necessário para atender os limites de segurança estabelecidos pela ciência. "A ideia é que surjam daqui ideias inovadoras e ambiciosas, que proporcionem acordos positivos, pois as metas do Protocolo de Kyoto se extinguem agora em 2012. Muitos países atingiram as metas, outros não. E o tempo é curto até que as mudanças climáticas sejam irreversíveis", disse Irene Vergara, representando o Clube de Madri, organização sem fins lucrativos que conta com representantes de 56 países para discutir o papel da democracia no mundo atual.
A reunião preparatória também abriu espaço para o governo de Pernambuco mostrar as ações que vem desenvolvendo no sentido de diminuir as emissões poluentes, como investimentos em energias renováveis e criação de unidades de conservação. Como referência para os cenários de acordos, mitigações, adaptações, financiamentos e concertações, a comissão utiliza o limite de concentração de Gases do Efeito Estufa (GEE) na atmosfera abaixo de 450 ppm. "As mudanças climáticas são um problema causado pelo atual sistema econômico, que precisa mudar. O Rio Clima vai abrir uma janela de oportunidades para chegarmos a acordos políticos que o povo e os políticos queiram. Vão aparecer boas soluções, que, no entanto, precisarão de continuidade", falou o cientista e analista político Travis Franck, da ONG norte-americana Climate Interactive.

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