MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 28 de abril de 2012

Tacacá literário estreia com grandes autores na Bienal do Livro Amazonas


Thiago de Mello e Marçal Aquino estavam entre os palestrantes da noite.
Formação de novos leitores foi o tema principal dos debates.

Marcos Dantas Do G1 AM
1º Tacacá Literário reuniu nomes como Marçal Aquino, Antônio Torres, Márcio Souza e Thiago de Mello (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)1º Tacacá Literário reuniu nomes como Marçal Aquino, Antônio Torres, Márcio Souza e Thiago de Mello (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)
O primeiro Tacacá Literário da 1ª Bienal do Livro Amazonas contou com a presença de quatro renomados autores para a discussão de temas importantes dentro do cenário da literatura brasileira. No primeiro momento da noite, os Amazonenses Márcio Souza e Thiago de Mello falaram sobre papel que leitura no fortalecimento da cidadania. Eles falaram também da força da literatura amazonense e de sua importância no cenário brasileiro.
A segunda palestra trouxe para o público as falas do paulista Marçal Aquino, que além de escritor, é jornalista e roteirista, e do baiano Antônio Torres, vencedor de prêmios como 'Machado de Assis' e 'Jabuti'. Eles debateram a importância da leitura no cotidiano das pessoas. Durante a conversa, em vários momentos chegou-se ao ponto de como formar novos leitores.
Márcio Souza defendeu a ideia de que em Manaus, existe uma demanda reprimida de leitores. "Há alguns anos, inaugurou num shopping aqui em Manaus, uma grande livraria. Quando eu vi o tamanho do local, e a variedade de títulos que havia eu pensei: não vai durar um mês. Felizmente eu quebrei a cara e descobri que em Manaus tem público, o que falta às vezes é opção para essas pessoas que buscam a literatura", contou.
Marçal Aquino afirma que a imposição literária não é o caminho para formar novos leitores (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)Marçal Aquino acredita que a imposição literária não
é o caminho para formar novos leitores
(Foto: Marcos Dantas / G1 AM)
Os dois concordam que não existe uma fórmula mágica para atrair a atenção dos mais jovens para a leitura, e segundo Marçal, a imposição é uma grande inimiga dos novos leitores. "Até os 12 anos eu odiava Machado de Assis, isso porque eu fui obrigado a ler Dom Casmurro. Um dia, uma professora, pasma com meu ódio por um dos maiores escritores desse país, me sugeriu que eu lesse sua obra sem compromisso, assim o fiz e gostei, e li mais, e me tornei escritor. Daí a gente tira que não é saudável impor uma leitura a quem quer que seja. É preciso que o leitor queira e busque a leitura, e não leia só porque vai cair na prova", declarou.
Marçal elogia a Bienal, pelo estímulo à leitura, e diz que mais eventos como esse são necessários para que os mais jovens se interessem pela leitura. "Qualquer iniciativa voltada para o livro merece todo o nosso apoio. Sem leitor não há livro, não há escritor, então um evento como esse é fundamental. Se formarmos pelo menos um leitor aqui dentro, a missão já estará cumprida", disse ao G1.
Antônio Torres autografa o livro de um fã (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)Antônio Torres autografa o livro de um fã
(Foto: Marcos Dantas / G1 AM)
Antônio Torres frisou em sua fala que a modernidade é uma grande aliada dos livros impressos. "Não acredito que a literatura online vá matar os livros que conhecemos hoje. Pelo contrário, a virtualidade é uma extensão de tudo isso. Um exemplo disso é que todos os meus livros estão na versão E-book, e os leitores interagem, discutem e fazem o conhecimento, através da interpretação de cada um, se multiplicar ainda mais", afirmou.
Torres ficou satisfeito com o público do evento, que interagiu, e por meio das perguntas conheceu um pouco da vasta experiência do escritor. "O nível das perguntas foi ótimo, e a partir daí a gente percebe que há um público que quer se aproximar desse universo e mais do que isso, quer fazer parte dele", disse.
Antônio Torres e Marçal Aquino na 1ª Bienal do Livro Amazonas (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)Antônio Torres e Marçal Aquino na 1ª Bienal do Livro Amazonas (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)

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