Espaço está fechado há 16 anos; auditoria vê indícios de irregularidades.
Coordenador do planetário afirma que obra foi marcada por dificuldades.
Auditoria do tribunal encontrou indícios de irregularidades em todo o processo de licitação da obra, a começar pelo projeto básico, que estaria errado.
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) não quis se pronunciar sobre o caso porque ainda não foi notificada. O responsável pelo espaço diz que uma das dificuldades da obra foi a ausência das plantas originais.
“A experiência mostra que você não pode chegar no local e simplesmente derrubar a parede, o teto pode cair. Então foi tudo feito com calma e com os imprevistos necessários”, afirmou o astrônomo e coordenador do planetário, Ayrton de Lima Câmara.
A última empresa contratada para a reforma foi a Soltec, em 2008. A previsão era que a obra fosse concluída em oito meses, mas quatro anos e nove aditivos ao contrato depois, o prazo não foi cumprido.
Os auditores doTribunal de Contas encontram outros indícios de irregularidades, como sobrepreço em mão de obra e materiais; pagamentos feitos antes de o serviço ser executado e o compromisso do governo em pagar uma dívida, no valor de R$ 4 milhões, sendo que seriam necessários apenas R$ 2 milhões para a conclusão do serviço.
O conselheiro Renato Rainha diz que o custo total da obra pode chegar a R$ 9 milhões – o orçamento original era de R$ 7 milhões. “[Há] um atraso muito grande, de mais de cinco vezes da previsão inicial de entrega da obra. É um absurdo e um prejuízo muito grande para essa cidade.”
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