MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 21 de abril de 2012

UnB completa 50 anos com mais de 30 mil alunos


Instituição foi inaugurada com 413 estudantes e campus inacabado.
Expansão para satélites tem sido marcada por atrasos e polêmicas.

Do G1 DF

Canteiro de obras do Instituto Central de Ciências na década de 60 e vista geral do prédio atual (Foto: Cedoc UnB e UnB Agência)Canteiro de obras do Instituto Central de Ciências, prédio principal do campus Darcy Ribeiro e mais conhecido como Minhocão, na década de 60 e vista do prédio atualmente (Foto: Cedoc UnB e UnB Agência)

Quando foi inaugurada, há exatos 50 anos, a Universidade de Brasília tinha 413 alunos, distribuídos nos cursos de direito, administração, arquitetura e urbanismo, letras brasileiras e economia.
A UnB comemora seu cinquentenário neste sábado (21) com 27.643 estudantes matriculados em 105 cursos de graduação – além de 8.913 em 147 cursos de pós-graduação.

Como o prédio símbolo da instituição, o Instituto Central de Ciências (ICC) – mais conhecido como Minhocão –, só foi inaugurado em 1971, os primeiros estudantes da universidade assistiam aulas em salas improvisadas no Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios.
Os alunos da primeira turma de arquitetura e urbanismo também tiveram lições no canteiro de obras do campus que estava sendo construído.

Criada com o objetivo de ser uma universidade diferente do modelo educacional em vigor no país na época, a UnB foi a primeira instituição brasileira a ser dividida em institutos centrais e faculdades.
Sua criação foi fruto do sonho de pensadores como o antropólogo Darcy Ribeiro, que inclusive dá nome ao campus principal da universidade, e de educadores como Anísio Teixeira e João Calmon, também homenageados em prédios na sede da Asa Norte.

Em 50 anos, a UnB cresceu e não apenas no número de alunos, mas também em sua área de alcance. A universidade tem campi nas cidades de Planaltina, Ceilândia e Gama e o atual reitor, José Geraldo de Sousa, já fala na construção de uma nova unidade, no Paranoá.

As obras de expansão da universidade foram marcada por polêmicas. Os campi do Gama e de Ceilândia foram entregues com atraso e sem oferecer serviços básicos para os estudantes, como acesso à internet. No campus Darcy Ribeiro, os prédios mais antigos demandam reformas.
Operários trabalham em obra da sede da UnB em Ceilândia em junho do ano passado. Obra foi entregue parcialmente neste ano, após atraso de quase três anos (Foto: UnB Agência)Operários trabalham em obra da sede da UnB em Ceilândia em junho do ano passado. Obra foi entregue parcialmente neste ano, após atraso de quase três anos (Foto: UnB Agência)
Para além da estrutura, o maior desafio da instituição atualmente é aumentar o número de alunos mantendo o padrão de qualidade de ensino. Na edição do ano passado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia a qualidade do ensino superior no país, o curso de nutrição recebeu a nota máxima, cinco.

Outros cinco da universidade – agronomia, ciências farmacêuticas, medicina, medicina veterinária e odontologia – receberam nota quatro no exame do Ministério da Educação. Os cursos de enfermagem e serviço social tiveram queda nas notas, passando de quatro para três e de três para dois, respectivamente. Dos 105 cursos de graduação da UnB, oito foram avaliados pelo Enade no ano passado.

Festa durante todo dia
As comemorações do jubileu da UnB começam com cerimônia na manhã deste sábado no Auditório Dois Candangos, o mesmo onde foi realizada a cerimônia de inauguração da universidade. Durante o evento será lançado o selo comemorativo em homenagem aos 50 anos da universidade.

De noite, a festa continua com a abertura do Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura (Flaac), no Teatro Nacional. O evento terá apresentação do coro sinfônico da UnB, da cantora Mônica Salmaso e do percursionista Maurício Tizumba. A entrada é restrita a convidados.

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