MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 12 de maio de 2012

Após câncer, mãe cria grupo de apoio e ajuda pacientes, no Amazonas


Oriona Ohse criou grupo de apoio à mulheres mastectomizadas.
Mãe de cinco filhos, ela quer de presente muita saúde.

Marcos Dantas Do G1 AM

Oriona (com o microfone) ajudou a fundar o Gamma (Foto: Marcos Dantas / G1)Oriona (com o microfone) ajudou a fundar o Gamma (Foto: Marcos Dantas / G1)
Esposa, amiga, conselheira, mãe. Oriona Maria Ferreira Ohse, de 58 anos, presidente e uma das fundadoras do Grupo de Apoio às Mulheres Mastectomizadas da Amazônia (Gamma) é mais uma batalhadora anônima que luta pela vida, dela e dos outros.
Ela nunca para, e é anônima somente para o grande público. Na festa promovida pelo Gamma todas as sextas-feiras na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), Oriona é a sensação. Serve bolo e refrigerante, entrega flores, faz discurso, ouve pedidos, agradecimentos, e muitos elogios.
Oriona fundou o Gamma com outras mulheres após enfrentar um câncer de mama em 2000 e ser mastectomizada. Ela diz que a doença, ao invés de lhe desanimar, foi um impulso para que tivesse mais vontade de viver ainda. "Tive câncer sim, mas não vou ficar me lamentando. Eu vou para luta, a gente tem que enfrentar o câncer com alegria e vontade de viver", disse ao G1.
Oriona e sua filha, Ariane, que acompanhou a luta da mãe contra o câncer (Foto: Marcos Dantas / G1)Oriona e sua filha, Ariane, que acompanhou a luta
da mãe contra o câncer (Foto: Marcos Dantas/G1)
Ariane Ohse, de 26 anos , estudante de odontologia e voluntária do projeto é um dos cinco filhos de Oriona, e diz que a postura da mãe ao descobrir a doença foi surpreendente. "Foi um choque, ninguém nunca imaginou que ela pudesse ter câncer, ainda mais pela idade dela. Mas nós não a víamos como doente, porque ela nunca ficou triste. Até quando ela estava com a cabeça raspada estava muito feliz, rindo. Uma vez até raspei a cabeça dela com uma lâmina, pra ficar bem lisinho", revelou a estudante.
Mesmo com tantos problemas, Oriona encontra tempo para ser mãe não só de seus filhos, mas várias outras pessoas que procuram uma salvação para uma doença devastadora como o câncer. E ela já sabe o presente que quer neste domingo. "Quero muita saúde, mais prevenção, mais felicidade, mais paz e amor ao próximo. Ser mãe já é um presente. Nem todas as mulheres sabem que tem um papel crucial na sociedade. A mãe é o alicerce de uma casa, ela educa o futuro presidente da república, o futuro médico, o futuro ministro, então ela tem que educar com muito amor e carinho", frisou.
Ela destacou que de seus cinco filhos, três são odontólogos (incluindo Ariane que e está se formando), um é fisioterapeuta, e uma outro psicopedagoga. "Toda vez que nascia um filho meu já sabia que seria doutor", brincou.

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