MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 13 de maio de 2012

BANDITISMO IMPERA EM UM BRASIL SEM LEI

Índios armados expulsam fazendeiros em Mato Grosso do Sul

Área em disputa foi doada aos índios na época do Brasil Império. Processo está no STF há 25 anos, à espera dos ministros que vão decidir a quem as terras pertencem.

Fazendeiros estão sendo expulsos por índios armados em Mato Grosso do Sul. A área em disputa foi doada aos índios na época do Brasil Império.
Os funcionários das fazendas foram expulsos de suas casas.
"Eles chegaram armados, falando que a terra era deles e que era para todo mundo sair", lembra a cozinheira Rosilda Martins.
Os índios deram um prazo para os fazendeiros retirarem o gado. E o se encontra nas estradas é o rebanho em movimentação. Pelo cálculo de alguns fazendeiros da região, pelo menos 10 mil cabeças estão na área em disputa.
"Muitos só têm essa propriedade. E o prejuízo, quem paga?", questiona o comprador de gado Valdir de Souza Galhardi.
Já são 23 fazendas ocupadas. A equipe do Jornal Nacional foi escoltada por índios pintados para a guerra. Os procuradores da República foram conversar.
“Estamos em cima do que é nosso. Para o lado de lá eu não vou, porque sei que não é meu", diz o cacique Daniel Laxipitogo.
Os kadiweo são descendentes dos guaicuru, que lutaram pelo Brasil na Guerra do Paraguai e por isso receberam as terras do imperador. Mais de um século depois, a situação ainda não foi totalmente regularizada. A reserva dos kadweo foi homologada na década de 1980. Tem 538 mil hectares e fica entre Porto Murtinho e Corumbá.

Os fazendeiros entraram na Justiça alegando erro na demarcação. No início do século 20, as terras foram vendidas pelo governo do estado ou requeridas como áreas devolutas, sem dono. O pecuarista Antônio Albuquerque comprou a fazenda dele há quase 40 anos. "Nós estamos sendo injustiçados por nossos vizinhos. Os índios são nossos vizinhos, são fazendeiros como nós, porque eles também têm a área deles", diz.
"Esses títulos foram outorgados em áreas que não poderiam receber titulação porque era uma área indígena", explica o procurador da República Emerson Kalif Siqueira.
Há 25 anos o processo está no Supremo Tribunal Federal à espera dos ministros que vão decidir se as terras são dos índios ou dos fazendeiros.
JORNAL NACIONAL

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