Apesar da quebra de produção enfrentada na região durante a última safra, o preço alto da soja mantém o mercado aquecido. Em Maringá, o preço da saca chega a R$ 55, R$16 a mais do que no mesmo período de 2011.
Os agricultores de Maringá estão aproveitando para realizar sonhos. Nas concessionárias de carros, por exemplo, os modelos mais vendidos ultimamente são utilitários, como as caminhonetes. “Cerca de 30% das vendas são focadas no mercado agrícola”, diz o gerente de uma concessionária local.
O produtor José Antonio Sapata, que planta 1200 hectares em Campo Mourão, teve quebra na última safra de soja, mas o preço alto compensou e fez com que ele conseguisse trocar sua caminhonete ano 2001 por uma zero. “Depois de 11 anos, consegui adquirir um carro novo, que será usada no dia a dia do trabalho”, diz o produtor.
No setor de máquinas agrícolas, as vendas também aumentaram. Com o dinheiro da soja que colheu na última safra, o produtor João Aparecido Bortolasci, do município de Itambé, comprou uma plantadeira que custa R$ 80 mil. “Eu fiz o fechamento e comprei essa à vista. Agora com o preço que o mercado está mantendo, a gente pretende comprar outro tipo de maquinário”, afirma João.
Até a soja que ainda não foi plantada está movimentando o mercado. Isso acontece porque muitos agricultores estão fechando o chamado contrato futuro, em que o produtor vende parte da soja que ainda vai plantar, com preço já fixado. Desta vez, em torno de R$ 50 a saca. Com esse preço, os agricultores se sentem mais seguros pra investir desde já.
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