MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Chávez rompe semana de silêncio


Presidente telefonou, de Cuba, à TV estatal e disse que está governando
Sumiço provocou rumores na Venezuela sobre seu real estado de saúde.

Do G1, com agências internacionais

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quebrou nesta segunda-feira (7) um silêncio de uma semana, fazendo uma ligação de Cuba, onde trata um câncer, para a TV estatal venezuelana.
Chávez disse que está governando a Venezuela "com todas as suas faculdades" e que estará de volta ao país "nos próximos dias".
O pronunciamento ocorre após dias de rumores sobre o estado de saúde de Chávez.
Aliados do presidente disseram nesta segunda que ele ainda estava comandando a nação.
A presença na mídia normalmente onipresente de Chávez havia se reduzido a algumas mensagens no Twitter, o que alimentou os rumores.
A ausência de Chávez atiçou as críticas de que ele não está mais comandando corretamente o país e estimulou conversas sem precedentes de um sucessor para o ex-soldado, que durante 13 anos no poder evitou cultivar um protegido que poderia substituí-lo.
Hugo Chávez, ao desembarcar na Venezuela. (Foto: Presidência da Venezuela / AFP Photo)Hugo Chávez, ao desembarcar na Venezuela em 26 de abril (Foto: Presidência da Venezuela / AFP Photo)
"O presidente, ainda em tratamento, continua governando", disse o dirigente do partido Aristóbulo Istúriz.
"Para (a oposição), a questão da saúde do presidente não é humanitária, mas sim eleitoral porque a sua única possibilidade de vitória vem de uma doença de Chávez."
A saúde de Chávez é tratada como segredo de Estado na Venezuela.
Ele passou por três operações desde junho passado, incluindo uma que removeu um tumor do tamanho de uma bola de beisebol. Mas os líderes do governo se recusaram a divulgar detalhes sobre sua condição.
Ele supostamente teria concluído a última das cinco sessões de radioterapia, mas o silêncio incomum tem provocado especulação de que sua condição pode estar piorando, possivelmente se tornando fatal.
A recente criação de um Conselho de Estado, encarregado de assessorar o presidente sobre questões políticas, tem sido interpretada por analistas e alguns ativistas da oposição como uma agência de transição que poderia facilitar o caminho rumo a uma Venezuela pós-Chávez.
Os líderes do partido negam isso, insistindo que ele é o único candidato e assegurando os eleitores de que ele vai derrotar o candidato de oposição Henrique Capriles na eleição de 7 de outubro.
"Não é uma (comissão de) transição e não haverá transição", disse o vice-presidente, Elias Jaua, no domingo em uma cerimônia repleta de partidários de Chávez vestidos com camisas vermelhas assinadas e cantando slogans do partido.
"Haverá eleição, reeleição e um novo mandato para Hugo Chávez."
Aliados vistos como possíveis substitutos para ele se ele não puder concorrer em 7 de outubro incluem Jaua, o ministro das Relações Exteriores, Nicolas Maduro, e o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
As duas filhas de Chávez, que não têm experiência política, mas frequentemente aparecem com ele em público, são vistas como potenciais substitutas que poderiam ter o respeito dos partidários e aliados.
Em uma tentativa de mostrar que o governo está normal, o Ministério das Relações Exteriores enviou um comunicado no domingo transmitindo os parabéns de Chávez a François Hollande por sua vitória nas eleições presidenciais da França.
Mas Chávez, que passou a maior parte das últimas seis semanas em Havana, só foi visto uma vez ao vivo em público desde meados de abril.
Ele terminou a curta declaração na segunda-feira passada engasgando em suas palavras e com lágrimas nos olhos, em nítido contraste com o seu discurso triunfante ao Congresso em janeiro, que se estendeu por nove horas.
Uma fonte próxima ao governo disse que a saúde de Chávez deteriorou-se consideravelmente com a radioterapia. Ele tem tido dor intensa e não consegue andar, o que exige que ele use uma cadeira de rodas, disse a fonte à Reuters. "Há grande ansiedade sobre o que está por vir", afirmou a fonte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário