MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Com mudanças de Dilma no Código, mangues passam a ser APPs


Professor de ecologia da UFPE diz que proteção antes era implícita.
Ricardo Braga diz que nova lei deve diminuir lobby em Pernambuco.

Roberta Rêgo Do G1 PE

Rio Beberibe, no Recife, é um dos oito de Pernambuco que contém áreas de mangue (Foto: Katherine Coutinho/G1 PE)Rio Beberibe, no Recife, é um dos oito de Pernambuco que contém áreas de mangue (Foto: Katherine Coutinho/G1 PE)
Uma das 32 modificações que a presidente Dilma Rousseff fez no novo Código Florestal, é vista com especial interesse pelos pernambucanos. A presidente determinou que os manguezais de todo o país passem a ser Área de Preservação Permanente (APP) e também vetou os dois parágrafos da lei que permitiam a municípios e estados decidir sobre a proteção de manguezais e dunas – agora fica tudo protegido de antemão. “Pernambuco tem os rios Una, Serinhaém, Maracaípe, Ipojuca, Suape, Jaboatão, Capibaribe, Timbó e Goiana. Todos eles têm extensos manguezais. Estamos falando de milhares de hectares”, afirma Ricardo Braga, professor de Ecologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente do Comitê da Bacia hidrográfica do Rio Capibaribe, organização que agrega 45 instituições.

O primeiro texto enviado pela Câmara não incluía os manguezais entre as APPs. “Vejo um avanço claro. O mangue só estava indiretamente protegido, já que o código florestal em vigor fala apenas de preservação de dunas vizinhas ao mangue, o que nem tem muito valor para Pernambuco, já que as dunas são comuns no Rio Grande do Norte e no Ceará. Se antes havia uma proteção implícita, ela passa a ser explícita”, analisa o professor.

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