Descendentes de escravos mantêm tradição do terno de congada em SP

Roupa é a identidade de cada grupo participante.
Ritmo sai de tambores feitos com o couro dos animais, como na África.

Do Globo Rural

Os ternos de congada tomaram conta das ruas de Olímpia, em São Paulo. A festa é uma tradição mantida pelos descendentes dos escravos.
A roupa é a identidade de cada grupo e o ritmo sai dos tambores feitos com o couro dos animais, como na África. Cada grupo de congueiro tem um estilo próprio. Assim como no passado, o reinado é formado com direito a rei e rainha, que são responsáveis por estabelecer a paz. É um ritual em agradecimento à liberdade.
A peregrinação começa quando os grupos estão reunidos. Os congueiros seguem na frente protegendo a corte. A procissão, que dura cerca de 40 minutos, é o ponto alto da manifestação. Os fieis cantam, dançam, agradecem pelas bênçãos recebidas e pedem proteção no percurso até a igreja.
Na chegada à igreja é realizado o último ato: a santa missão. No final do evento, o sentimento dos participantes é de satisfação em um dia de fé e muita devoção.