MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 13 de maio de 2012

Dinheiro e qualidade de vida estimulam novos negócios em MG


Empresários de Uberlândia contam que deixaram profissões para inovar.
As franquias estão entre as preferidas de quem quer abrir um novo negócio.

Felipe Santos Do G1 Triângulo Mineiro

Adélio administra a franquia de um restaurante desde 2009 (Foto: Reprodução)Adélio administra a franquia de um restaurante
desde 2009 (Foto: Reprodução)
Em Uberlândia, o desejo de ter uma remuneração melhor e mais qualidade de vida tem feito com que pessoas qualificadas troquem as profissões por ofícios completamente diferentes. E na maioria das vezes essas pessoas abrem o próprio negócio. Para uma analista de negócios da cidade, além dos benefícios, o plano do governo que facilitou a formalização e a abertura de novos negócios também fez com que a procura aumentasse.
O jornalista Adélio Braz Tinoco Junior trabalhou por sete anos como assessor de imprensa de um senador em Brasília (DF). O incentivo para abrir um negócio, segundo ele, vinha do próprio político que era dono de alguns empreendimentos. “Apreendi com ele um pouco de empreendedorismo”, afirmou Adélio.
Disposto a abrir um negócio, ele disse que passou a estudar sobre empreendedorismo e também sobre franquias. “Voltei para Uberlândia em 2007, mas focado em abrir meu negócio. Viajei várias vezes e estudei bastante até escolher o que queria”, disse o jornalista que administra um restaurante em um dos shoppings da cidade desde 2009.
O empreendedor admitiu que trabalha mais, contudo, contou que não voltaria a atuar como jornalista. “Eu me identifico com assessoria de imprensa, mas o trânsito de horários que tenho como empresário me garante uma qualidade de vida melhor. Antes eu ficava 24h a postos para trabalhar. Além disso, ver o cliente satisfeito e ter uma remuneração satisfatória é bem melhor”, garantiu.
Fernando largou a carreira de executivo para abrir uma franquia (Foto: Felipe Santos/G1)Fernando largou a carreira de executivo para abrir
uma franquia (Foto: Felipe Santos/G1)
Formado em administração de empresas, Fernando Stroppa Moreira trabalhou por 21 anos na área comercial. O último emprego foi como executivo de vendas. Segundo ele, o empurrão para abrir o próprio negócio foi uma reestruturação da empresa que fez o desligamento de 95% dos executivos contratados no Brasil. “Consegui uma recolocação em Belo Horizonte, mas não queria sair de Uberlândia. Como o nível de remuneração era mais baixo na cidade, optei por abrir meu empreendimento”, revelou.
A opção de Moreira também foi uma franquia, mas de uma clínica de estética de eliminação de pelos. Apesar de o empreendimento ter sido inaugurado em fevereiro deste ano, o empresário confirmou que os resultados já são suficientes para que ele possa continuar investindo e não cogita voltar a trabalhar como executivo. “Só se fosse algo diferenciado e especial para voltar a trabalhar na área anterior. Nas conjunturas normais não vejo esta possibilidade”, concluiu.
A experiência e o conhecimento do negócio somadas à identificação com a atividade são importantes para quem quer prosperar com algum empreendimento, afirmou a analista de negócios do Sebrae, Fabiana Queiroz Romaniello. No entanto, ela recomenda que o empreendimento deve ser feito pela oportunidade e não pela necessidade. “Se a pessoa vai a uma clínica de estética e percebe uma oportunidade, ela deve investir e fazer melhor para suprir o mercado”, explicou.
Franquias
De acordo com a analista de negócios, a maioria das pessoas que procura orientações para abrir o próprio negócio tem preferência pelas franquias. “Elas pegam modelos pré-estabelecidos e escolhem uma franquia porque minimiza a chance de algo dar errado. E o mercado já tem uma tipologia”, afirmou Romaniello.
Com tantas facilidades, Fabiana alertou para que o empreendedor tenha cuidado com o plano de negócio oferecido pela empresa, pois, segundo ela, pode ser tendencioso. “Eles querem aumentar a quantidade de franquias e o plano de negócio induz a pessoa a avaliar somente os fatores positivos”, salientou.
Empreendedor individual
A analista de negócios afirmou que o programa do governo criado há dois anos e meio - que regulariza e incentiva a criação de novos negócios – é outro fator que contribuiu para o aparecimento de pessoas interessadas em novos negócios. Neste período, segundo o Portal do Empreendedor, 9.852 novos negócios foram criados em Uberlândia.
Diante do grande crescimento de novas empresas, ela orientou que os empreendedores levantem informações de clientes, fornecedores e da concorrência direta e indireta na hora de investir. “A gente pede que os estabelecimentos não façam contato com o mesmo fornecedor, mas tenham produto diferenciado para atender aos clientes cada vez mais exigentes. Além disso, o empreendedor deve resgatar a boa postura, ter um bom atendimento e uma venda praticamente personalizada”, concluiu.

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