Em um dia só, Central de Transplantes chegou perto da média mensal.
Pacientes do Recife, Caruaru, Petrolina e Minas Gerais foram beneficiados.
“É um recorde histórico, na Central de Transplantes. Cinco doações num único dia equivalem quase à media mensal”, explica Zilda Cavalcanti, coordenadora da Central. O tempo era curto para transplantar dez rins, seis córneas e cinco fígados. “Todas as equipes de transplante do estado estavam ocupadas, trabalhando, o que é muito bom”, afirma Amaro Medeiros de Andrade, coordenador da unidade geral de transplante do Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (Imip).
Um dos fígados foi para Minas Gerais, onde um homem de 57 anos começou uma vida nova, em Belo Horizonte. “Estou muito agradecida a essa pessoa que fez a doação, porque não esperava sair tão rápido... Devolveu a vida a ele”, diz Camila Dias, mulher do paciente.
No Recife, Luiz Braz, 55 anos, também renasceu. A família contou que ele tinha câncer no fígado e dependia de um novo órgão para continuar vivo. Ele já fez o transplante e se recupera bem. “A gente só tem a agradecer e pedir que as pessoas sejam mais doadoras. Eu acompanhei muito esse processo, eu vi de perto o sofrimento do meu irmão”, agradece, entre lágrimas, a irmã Cristina Braz.
Com as cinco doações, 21 pessoas saíram da lista de espera por um transplante. Uma delas foi Dênis Apolo da Silva, 17 anos, que há dois dependia de três sessões semanais de hemodiálise para sobreviver. Com a voz ainda fraca, ele conta como se sente agora, depois que recebeu um rim. “Tô livre, não vou precisar mais dessas máquinas”, afirma.
Os 21 pacientes receberam órgãos em quatro cidades: foram 17 transplantes no Recife, dois em Petrolina, um em Caruaru e o outro, em Belo Horizonte.
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