MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 19 de maio de 2012

Europa não disfarça que teme contágio da crise na Espanha


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
Genebra - A Espanha se transforma na maior preocupação de contágio da Europa, que não disfarça não saber exatamente o que fazer para frear a nova onda de proliferação da crise na Grécia. Nesta sexta-feira, a turbulência nos mercados continuou, e o contágio foi mais uma vez explicitado com a decisão da Moody's de rebaixar 16 bancos espanhóis. Investidores fugiram para papéis mais seguros, fazendo o risco país da periferia do bloco explodir mais uma vez.

Se na Grécia são os políticos que ameaçam o euro, na Espanha a crise vem dos bancos. O volume de ativos tóxicos nos bancos espanhóis chegou ao maior nível em 18 anos, segundo dados revelados ontem, o que mostra a dificuldade do governo em sanear o setor financeiro. Bancos espanhóis estariam sentados sobre imóveis que não conseguem encontrar compradores, no valor de 100 bilhões.

Na sexta-feira a agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating do Banco Popular Español. Segundo a Fitch, o Banco Popular terá de separar grandes provisões para cobrir exposições a ativos imobiliários, atendendo às exigências do governo espanhol.

Em Washington, o novo presidente francês, François Hollande, chegou a sugerir que os bancos espanhóis terão de ser recapitalizados. Mas, em Bruxelas, o comissário de Economia da UE, Olli Rehn, negou que a Espanha precise de um resgate.

Na sexta-feira, o governo espanhol ainda admitiu que o déficit de 2011 chegou a 8,9% do Produto Interno Bruto (PIB), muito acima do que se esperava e deixando claro que a tarefa de equilibrar as contas no país será mais difícil que se imaginava.

O governo tentou justificar que o motivo era a explosão da dívida nas comunidades de Madri e Valência. Mas muitos já duvidam da capacidade do governo de Mariano Rajoy de fazer o déficit cair a 5,3% no fim do ano, mesmo com todos os cortes. Os números devem criar ainda mais temores sobre a situação do país.

Na sexta-feira, Londres fechou em queda de 1,3%, no nível mais baixo desde novembro. Em toda a semana, a bolsa londrina perdeu £ 80 bilhões. Na semana, as bolsas europeias perderam 5,1%, o pior resultado desde setembro. A semana ainda terminou com ações de bancos em níveis mais baixos que durante o colapso do Lehman Brothers, em 2008. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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