MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 13 de maio de 2012

'Finjo que nem conheço', diz mãe de árbitro em MT para fugir de adjetivos


Dona Zélia Reway é mãe do árbitro da FIFA Wagner Reway.
Ela revela que já chegou a se esconder em estádio para evitar xingamentos.

Kelly Martins Do G1 MT

Árbitro Wagner Reway  segurando o filho ao lado da esposa e com os pais  (Foto: Arquivo Pessoal)Árbitro Wagner Reway segurando o filho ao lado da esposa e com os pais (Foto: Arquivo Pessoal)
Alvo constante de torcedores nos estádios de futebol, dona Zélia Moreira dos Passos Reway, de 48 anos, mãe do árbitro mato-grossense Wagner Reway, garante que já consegue enfrentar com sorriso todos os “elogios” que recebe quando o filho está atuando em campo. Em entrevista ao G1, ela contou que sempre acompanha o filho nas partidas, mas, algumas vezes, já fingiu que não o conhecia. “Parece que todos ficam me olhando por ser a mãe do árbitro. Aí prefiro ficar escondidinha e finjo que nem o conheço”.
Isso por conta dos xingamentos e adjetivos que recebe quando o filho está arbitrando. Reway ainda é árbitro aspirante da Fifa desde 2011e já apitou jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Atuando em jogos importantes dentro do campo, a mãe diz sentir orgulho do filho e declarou que procura entender as manifestações dos torcedores. “Antes eu ficava mais preocupada com ele [Wagner] e com a reação que pudesse ter diante dos gritos que recebe. Mas hoje, já supero tudo com tranquilidade”, pontuou.
sempre vai ter algum torcedor por perto que vai me mencionar"
Dona Zélia Reway
Zélia contou que nunca revidou nenhum xingamento nos estádios. Isso porque, segundo ela, é preferível nem ligar pois “sempre vai ter algum torcedor por perto que vai me mencionar”. Dona Zélia tem mais três filhos, mora com o esposo em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, e Wagner é o único da família a seguir carreira esportista.
Na tentativa de ficar mais próximo do árbitro, que está em constantes viagens, e para acompanhar melhor o trabalho do filho, Zélia contou que aprendeu nos últimos meses a manusear o computador e acessar a internet. Ela disse que acessa os jogos e que também procura estar atenta às críticas relacionadas ao filho.
'Mãe do Campo'
Árbitro se reúne com os pais e o irmão nos finais de semana. (Foto: Arquivo Pessoal)Árbitro se reúne com os pais e o irmão nos finais
de semana. (Foto: Arquivo Pessoal)
Para Wagner, a “mãe do campo” é figurativa e trata-se de uma personagem. “Os xingamentos são de maneira global e não levo em consideração. Às vezes são 30 mil torcedores gritando pela minha mãe e vejo mais como se chamassem por uma personagem”, pontua.
O árbitro também observa que a “mãe do campo” já é alguém lembrada o ano inteiro e que, por isso, não confunde com a mãe da vida real. “São duas pessoas distintas. Até porque a minha mãe de verdade não me xinga e tem é muito orgulho de mim”, ironiza

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