MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Greve dos anestesistas continua na rede conveniada ao SUS, em Goiás


Movimento terminou na terça-feira- (22), mas SUS ainda deve R$5 milhões.
Pacientes que dependem da saúde pública reclamam do descaso.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
A greve dos médicos anestesistas na rede pública de saúde terminou na terça-feira (22), mas o movimento grevista continua nos hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. Durante a paralisação, cerca de 1.100 cirurgias deixaram de ser feitas.
Entre os pacientes que não passaram pela cirurgia está a estudante Layane Gonçalves de Lima, de 10 anos. “Para uma mãe ver a filha sentir dor desse jeito é muito difícil, pois a dor parece me atingir. Isso está muito dolorido”, lamenta a dona de casa Antônia Gonçalves, que está grávida de cinco meses e ainda não realizou o pré-natal porque tem que cuidar da filha.

A estudante começou a sentir dores há oito meses, mas somente há 30 dias o problema dela foi diagnosticado. Mesmo sentido dores com frequência, a cirurgia foi classificada como eletiva [cirurgia de emergência que não é planejada]. Ela conta que está sendo muito difícil ficar deitada aguardando vaga para realizar o procedimento. “A única coisa que gostaria era de estar estudando agora”, declara Layane Gonçalves de Lima.

Reclamações
Em imagens cedidas à TV Anhanguera, pacientes do Hospital de Urgências de Goiânia, relataram as dificuldades enfrentadas durante a greve dos anestesistas. “Isso está doendo demais. A minha perna está inchada e cheia de ferro. Tenho duas cirurgias para fazer e não tem data prevista para isso acontecer”, comentou um deles. Já o outro, indignado, falou sobre sentimento de descaso: “Tem 15 dias que estou aqui nessa cama aguardando pela cirurgia. Estou muito revoltado”.
Categoria
De acordo com o secretário da Cooperativa de Médicos Anestesiologistas do Estado de Goiás (Coopanest-GO), Wagner Ricardo de Sá, somente os profissionais que trabalham na rede pública retornaram ao serviço. “Voltamos a partir de hoje o atendimento normal na rede pública de saúde em todas as regiões do estado. Recebemos os salários atrasados referentes aos meses de janeiro e fevereiro. Porém, em relação a rede conveniada ao SUS não recebemos nenhuma sinalização do dinheiro e, por isso, iremos manter somente nesses locais”, afirma o secretário. Eles aguardam o pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 5 milhões.
Segundo a Coopanest-GO, o caos nos hospitais públicos do estado não está ligado ao movimento grevista dos anestesistas. “Os atrasos nas cirurgias é problema do sistema público de saúde, não é problema da nossa parte. Trabalhamos sete meses sem receber pagamento e sem contrato, mesmo assim, continuamos realizando o serviço”, revelou o secretário Wagner Ricardo de Sá.

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