Caso ocorreu durante a manhã de segunda-feira (21), em Curitiba.
Secretaria Municipal de Saúde nega a falta de atendimento.
"Quando cheguei para dar entrada no posto, às 6h50, fui informado por duas recepcionistas que não tinha médico no local e que elas não podiam fazer nada. Como eu estava desesperado, elas me orientaram para procurar o Hospital Cajuru, que fica longe do local, para tentar uma consulta. Achei um absurdo (...), depois disso, elas viraram as costas e continuaram a conversar", disse Jonathan, em entrevista ao G1, na manhã desta terça-feira (22).
Jonathan levou o pai para consultar no Hospital Cajuru, mas ele sofreu uma parada cardíaca e morreu na maca. "A médica me disse que se ele tivesse sido atendido antes, teria sobrevivido", contou o filho.
O gestor de saúde de Curitiba, Matheus Chomatas, não confirma o desfalque e afirma que no horário em que o rapaz chegou com o idoso, já havia médicos no local. "Neste horário, nós já tínhamos sete profissionais em atendimento na unidade, inclusive na questão de urgência e emergência e também nas consultas eletivas. Então, não vou duvidar de ninguém, a única coisa é que eu não tenho registro de atendimento", justificou.
Chomatas disse também que a falta de médicos foi causada apenas durante o período da tarde por um desentendimento entre os próprios profissionais e pacientes. "Durante o período da tarde houve um desentendimento de alguns profissionais de saúde com alguns pacientes, principalmente de mães de pacientes, e os pediatras se recusaram a fazer o atendimento e saíram. Aí nós tivemos que fazer uma reposição da equipe e ficamos mais ou menos entre uma hora e meia e duas horas sem atendimento de pediatria na unidade. Remanejamos alguns pacientes para unidades dos bairros Boqueirão e do Boa Vista".
"Eu nem sei o que falar (...), só digo que isso é uma falta de vergonha e por causa disso meu pai perdeu a vida", finalizou Jonathan.
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